Cai em mais de 10% a média de nascimentos em Itaúna

Como ocorre anualmente, o Cartório de Paz de Registro Civil das Pessoas Naturais de Itaúna, fez o levantamento dos dados relativos aos nascimentos, casamentos, óbitos, separações e divórcios no município, desta feita abordando o período compreendido entre os anos de 2016 e 2023. O trabalho é de autoria do economista Ângelo Braz de Matos, da oficiala do Registro Civil, Rosa Míriam Braz de Matos e Souza Leão, com a colaboração de Kátia Antunes de Carvalho. Os dados são um raio-X de Itaúna no que diz respeito ao seu desenvolvimento populacional e serve, ainda, para que o poder público possa elaborar políticas públicas para o atendimento à população. 

O trabalho apresenta em seu início o relato de nascimentos no período, especificados em sexo dos nascidos, o que mostra que em Itaúna nascem mais meninos do que meninas, o que poderia “comprometer” a proporção futura de mais mulheres do que homens, no total da população. Porém, no outro lado, o número de óbitos das pessoas do sexo masculino tem se mantido bem acima do número de pessoas do sexo feminino. Outra questão a ser observada é que a idade média dos óbitos ocorridos em Itaúna, que em 2016 se aproximava dos 68 anos (67,9), durante o período da pandemia da Covid caiu consideravelmente e agora está se recuperando, fechando em 2023 com 66,5 anos, depois de marcar 65,4 anos no pior período da pandemia. Isso demonstra que o vírus não matou mais os velhos, como algumas pessoas insistiam em afirmar. 

Casa-se mais depois da pandemia? 

A resposta para essa pergunta é outra informação que pode ser obtida dos números apresentados. A média de casamentos ao mês aumentou em 22,5% em relação ao ano de 2016, comparando aos números apresentados em 2023. O crescimento populacional de Itaúna, desde 2010, quando foi registrado o último censo, foi de 14,28%, em 13 anos. Pouco mais de 1% de crescimento ao ano. Assim, em sete anos, o aumento de casamentos, que atingiu 22,5%, cresceu, proporcionalmente, cerca de três vezes em relação ao aumento populacional. Em 2016, realizava-se média de 40 casamentos por mês em Itaúna. Já em 2023, passou para 49. 

Um outro número que chama a atenção é com relação às idades das mães itaunenses. Meninas com 14 anos ainda continuam dando à luz em Itaúna. Se em 2016 foram registradas duas meninas nessa idade que se tornaram mães, em 2023 há um registro, com três casos anotados em 2022. Já as mães com idade de 15 anos são em maior número, apesar de muitas pessoas considerarem este fato um verdadeiro absurdo: em 2016, quatro meninas se tornaram mães nessa idade. Em 2023 esse número ampliou para 7. Em 2017 e 2021, nove meninas com 16 anos deram à luz. Na outra ponta, uma mulher na faixa de idade de 51 a 60 anos deu à luz uma criança em 2022. 

O estudo completo, com todos estes números está no site da FOLHA, no seguinte endereço eletrônico: www.folhapovoitauna.com.br.