Se eu fosse o Nazaré...

Se eu fosse  o Nazaré...


Na política uma das “regras” mais conhecidas nos bastidores e na formatação das estratégias, é a de atacar pra provocar o contra-ataque e montar uma linha de provocações... E sei bem que o nosso prefeito, Senhor Neider Moreira de Faria, desde vereador, condicionou quase como regra pétrea o estilo de não muda. Confesso-me impressionado com as suas estratégias colocadas em prática na última semana e repetidas na quinta-feira, em solenidade desnecessária, mas ideal para dar e levar aos conselheiros comunitários recadinhos maldosos, ataques pessoais, buscando respostas, digamos, para criar uma estratégia de “briga” para sustentar um combate mais solidificado visando o momento de campanha. Sinceramente estou mesmo impressionado, e, se não conhecesse bem o nosso prefeito como político, diria que está é “lelé da cuca”. Aparentemente estressado, após quase 8 anos de mandato, ele, em minha opinião, estrategicamente, voltou a atacar os possíveis adversários, falando em carapuça... O interessante é que os políticos, na totalidade, sempre têm uma carapuça que dá medida. Mas...    

Independente de brincadeiras e/ou observações, entendo e sempre defendi que campanhas políticas devem ser feitas em nível elevado e nunca se misturando o pessoal com o público, mas também, ao longo dos acompanhamentos jornalísticos destas campanhas políticas estaduais e/ou municipais, como repórter ou como assessor, aprendi que na maioria das vezes é melhor ficar calado que dar motivos para um debate ineficaz e que pode se transformar em apenas motivo para palanque. Entra aí a sabedoria dos envolvidos para que não ponham as carapuças, como ele mesmo está afirmando nos recados. Entendo que não é momento para tal postura, não é muito inteligente, e principalmente vindo de quem, até pelo histórico de elegância, nível cultural e principalmente de educação recebida ao longo da vida.

E dentre um raciocínio lógico e principalmente centrado em análise nas duas últimas pesquisas registradas sobre as possibilidades dos nomes disponíveis que podem ou não ser candidatos majoritários em Itaúna, o que temos a dizer sobre o início das negociações, primeiras notícias e a divulgação de nomes que podem ser ou não candidatos nas eleições municipais de outubro, é que a coisa não está fácil para o Senhor Neider Moreira, pois os números apurados indicam que seu desgaste como prefeito é muito grande. E o é pela sua postura de não querer dar, digamos, o braço a torcer e impor suas convicções, não só políticas, mas também como administrador público. Não entendo de administração, mas acho que sei como lidar com política, políticos e politicagem. E, assim sendo, entendo que o desgaste do nosso alcaide é de tal proporção que não há reversão em curto prazo. Pode até ser que lá na frente, daqui alguns anos, ele seja lembrado como um administrador que asfaltou muito, que tentou sanear as contas públicas etc. Mas também será lembrado por ter contraído empréstimos e mais empréstimos a longo prazo para os outros prefeitos e o povo pagarem.

Com certeza o Senhor Neider será lembrado por tentar ofertar quase 20 milhões de reais à empresa concessionário do transporte público, sob o argumento de que houve prejuízos no período da covid, dentre outros motivos e argumentações, como a de melhorar o transporte. Será lembrado por literalmente “dar uma banana” para o Poder Legislativo, praticamente mandando os vereadores “às favas”, quando os ignorou completamente. Só ouviu, ou melhor, “passou a mão na cabecinha” de alguns, de um número suficiente, quando precisava de recursos via empréstimo, para aprovar orçamento do seu jeito e aprovar as “mexidas” na Lei Orgânica. Fora isso, ignorou e agora ignora ainda mais. É seu estilo. Cada um tem o seu. 

E são por essas e muitas outras, e pelos estilos, que acho que as duas pesquisas registradas e publicadas aqui e em um jornal da capital mineira, estão corretas. E acho, até então, que quem está colocando o nome à disposição do alcaide para ser candidato a prefeito com o seu apoio está é louco, é “lelé da cuca”, mesmo. Por isso o título do editorial, se é que é verdade que o empresário Nazaré está colocando seu nome como pré-candidato. Entendo que as possibilidades, até então, são muito pequenas de êxito. Faltam ainda 5 meses para o pleito e muita coisa pode acontecer, mas, numa análise lógica dos números apurados até aqui, as possibilidades de reversão da popularidade do Senhor Prefeito são praticamente nulas e os motivos são alguns, como a implantação da indústria da multa (lembram da criação da taxa de lixo do Osmando? Igualzinho); o esgoto escorrendo no Ribeirão dos Capotos e a fedentina no bairro Santanense; as enchentes na Jove Soares e a não solução do problema de forma efetiva, pois projeto não é solução; as ruas de bairros distantes e pobres em situação de penúria e o asfaltamento das ruas centrais em detrimento das comunidades; a frieza já citada com os vereadores; os moradores de rua nas praças e marquises de prédios e a falta de uma política efetiva e eficaz para isso; as dificuldades de aprovação de projetos arquitetônicos por causa da inexistência de uma política eficaz, capaz de manter a construção-civil trabalhando, provocando, assim, demissões em massa de trabalhadores do setor e, consecutivamente, levando os empreendedores da construção para cidades do Centro-Oeste mineiro, perdendo impostos, IPTUs futuros e demais taxas; as mudanças no carnaval, que mexeram com todas as classes sociais, e a maioria literalmente “engoliu”.  

E tem muito mais, esses são apenas alguns dos problemas que desagradam a população num todo. Mas tem mais, muito mais. Então, concluo, se eu fosse o Nazaré...