O informante

O informante


O informante é o indivíduo que busca a informação inacessível de ser colhida. O informante usa meios fraudulentos para obter essas informações. E o informante tem que usar meios inteligentes e eficazes para colher as informações sem que o investigado perceba. E os meios mais usuais do informante para obter as informações que deseja e colocar à venda, isto é, colocar vantagens do contratante em seu favor são:

1) Aproximação amistosa do investigado;

2) Passar imagem para o investigado de plena confiança;

3) Envolvimento emocional do investigado com o informante no sentido de buscar a catarse;

4) O informante é a pessoa que avalia o preço e se vende aquele que o paga mais;

5) O informante pode transformar o seu contratante em outra fonte de informação;

6) O informante tem a capacidade de vender a informação obtida ao investigado de que ele está investigando (basta pagar mais).

Características mais fortes dos informantes

1) Pessoa que usa de um meio ilícito para ter informações ou por “dever algo” e não “querer ser descoberto”;

2) Pessoa que usa deste serviço é pessoa duvidosa moralmente e não tem coragem de cuidar pessoalmente dos assuntos que lhe pertencem;

3) O caráter mais duvidoso dó contratante é o uso da informação (vender, chantagear a informação que recebeu do informante).

Conclusão: O informante presta um serviço “Amoral” por usar o investigado sem que o mesmo saiba as intenções dele, que são, tirar dele informações e vendê-las sem saber o objetivo que elas vão ter.

O informante só é necessário e moralmente recomendável nas questões do Estado, como Defesa Nacional. Portanto informação é poder e o poder nem sempre é ilícito.

Dedico este texto a irmã da minha comadre e aos dois prestadores de serviço odontológico que vivem dando ideias ao chefe do tabuleiro político determinado Comarca.

Eles devem saber que Margaret Atwood ensina em seu livro - “O conto da Aia” que compara o cancelamento a totalitarismo que: “O poder de acusar, é um poder, como qualquer poder, pode ser corrompido”.

E que Augusto dos Anjos em sua poesia “Versos Íntimos”, ensinou que a mesma mão que afaga é a mesma que bate.

E que estes beneficiados com este artigo são os mesmos que desfilam num “cercadinho” de intrigas encomendadas.

Maria de Lurdes Spinola Antunes 

Pedagoga, Advogada, licenciada em História e Estudos Sociais, Pós-graduada em Direito do Trabalho, Previdenciário e Processo Civil. Especialista em Direito de Família, colaboradora da implantação da Delegacia da Mulher e do Idoso na Comarca de Itaúna e voluntária e atuante em ambas as Delegacias, frequentadora dos Congressos da área do Direito, juntamente com sua amiga desde os anos 60 Dra. Marilda França Chaves.