LEISHMANIOSE- Aumento de casos na cidade preocupa a população

Informações não oficiais são de muitas ocorrências em Itaúna e região

LEISHMANIOSE- Aumento de casos na  cidade preocupa a população


Somente em uma chácara em Itaúna, foram três mortes de cães atingidos pela doença nos últimos meses. Informações apontam que, em Pompéu, o município enfrenta uma verdadeira epidemia de Leishmaniose. Junto a comerciantes de pet shops de Itaúna e Divinópolis, a reportagem apurou que as informações são de que muitos casos têm sido registrados.  A FOLHA fez uma solicitação à Regional de Saúde de Divinópolis, que concentra o atendimento à região Centro-Oeste, sobre os números da doença nos municípios da região e, até o fechamento desta matéria, não tinham sido repassadas as informações. Assim que os dados forem repassados, serão informados aos leitores.

Porém o fato é que o aumento da incidência da doença é confirmado por fontes não oficiais e apontam a necessidade de que seja feito um estudo por parte do setor de zoonoses da Prefeitura. A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Itaúna, solicitando informações acerca do assunto, com números de casos registrados, caso exista este levantamento. Até o fechamento da matéria, no final da tarde da quinta-feira, 25, nenhuma informação tinha sido repassada.

Conforme criadores de animais que estão enfrentando o problema, não sequer um acompanhamento da questão, por parte das esferas estadual e municipal, o que pode ser comprovado com a ausência de dados e informações. A Leishmaniose é transmitida pelo mosquito palha que, ao picar um cão contaminado, transmite a doença a outros indivíduos. A doença também pode ser transmitida a humanos. 

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, aborda o tema em release divulgado em 2021, quando afirmou que existe um Programa de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral (PVC-LV) do Ministério da Saúde que “prevê a realização, de forma integrada, de medidas de controle que visam ao diagnóstico precoce e tratamento adequado dos casos humanos, bem como o controle do reservatório canino e do vetor”. Os últimos dados encontrados sobre a doença no site da SES-MG são daquele ano. Na notícia destaca que “Minas Gerais é um estado endêmico para a doença. Nós temos casos principalmente na região central (Belo Horizonte e Região Metropolitana), no norte do estado, na região Centro-oeste e na região Noroeste. No entanto, de um modo geral, todas as regiões do estado estão propensas a apresentar casos da doença”, disse à época o representante da Secretaria.

Em informações repassadas à reportagem, profissionais da área afirmam que o aumento do número de cães abandonados pelas ruas, aliados à falta de política efetiva das autoridades públicas para o setor, que deixam a responsabilidade por conta de entidades beneficentes, amplia as condições de proliferação da doença. A falta de cuidados e a situação sanitária em que se encontram esses cães abandonados, vivendo nas ruas, tornam-se um incentivo, tanto para o aumento da população de mosquito palha, quanto para a disseminação da Leishmaniose. É preciso uma política efetiva de combate à doença, apontam pessoas em contato com a reportagem.