ALERTA LIGADO!!! - Apagar luz, economizar copos e outras despesas é ordem na Prefeitura
Com a queda da receita e final do último ano de mandato se aproximando, clima é de “final de festa”
Os números da economia municipal não são os melhores – veja matéria na página 5 – e o ano é o último da atual administração, já que o prefeito não pode tentar a reeleição. Com a previsão de queda sensível na arrecadação, de mais de R$ 12 milhões por mês, o prefeito decretou economia total na Prefeitura. É o que prevê o decreto de número 8.606/24, de 21 de maio, assinado pelo alcaide e pela sua equipe administrativa. Conforme apontou um servidor municipal, “o clima lá já é de final de festa, pois restam seis meses e pouco de mandato e as despesas têm que bater com a arrecadação, no final do ano”.
Com esse quadro, o decreto de “contenção de despesas e manutenção do equilíbrio financeiro” faz alguns “considerandos” antes de determinar medidas restritivas a gastos. A “necessidade de adequar gastos à previsão de arrecadação de receita nos próximos bimestres” é o primeiro deles. É seguido da constatação de se tratar do “último ano de mandato”, de que se deve ficar atento à Lei de Responsabilidade Fiscal e aos limites impostos por ela. Depois de citar algumas outras necessidades administrativas, lembra que as reduções não podem significar queda na qualidade dos serviços prestados. E, em seguida, determina as regras:
Apagar a luz, reduzir o uso de copos descartáveis, o consumo de papel, a confecção de cópias xerográficas, a impressão de documentos e a redução no uso de material de consumo são algumas das medidas. “Faltou colocar que é preciso dar menos descargas nos banheiros”, ironizou um servidor para apontar a série de medidas restritivas.
Também estão proibidas as despesas novas com eventos culturais, desportivos e recreativos, exceto os já contratados. Como disse um outro cidadão, “sobrou para o Reinado, de novo, ou vão reduzir os gastos com o Inverno Cultural?”. Também está determinada a economia com o gasto de combustíveis, uso de veículos em finais de semana e feriados, ou além do horário de expediente. Proibição de liberação de diárias e outros gastos, como participação em cursos, seminários e assemelhados. Quem tem férias vencidas deve gozá-las e não deixar para serem indenizadas ao final do contrato, por exemplo. São mais de 15 itens listados, onde a economia deve ser rigidamente observada e as exceções serão analisadas por uma JADE – Junta de Avaliação de Despesas. Concluindo, o clima é de “economia de guerra” ou, como preferirem, de “final de festa”.