10 erros cruciais do homem no casamento (Parte 1 de 3)

10 erros cruciais do homem no casamento (Parte 1 de 3)


Como seria bom nascer sabendo de tudo o necessário para sermos felizes. Diante da impos-sibilidade de isso ocorrer, o plano é sermos espertos o suficiente para aprendermos rápido, por meio de experiências que talvez outros antes de nós deixaram passar. Estou casado há dez anos com minha linda esposa. Temos duas filhas amadas. Nessa caminhada, aprendi coi-sas que levaram à curiosidade, à alegria e à dor, às vezes ao sonho, às vezes à frustração. Mas sempre, inevitavelmente, ao fortalecimento da resiliência, do compromisso e da busca. 

Paulo Pimont Berndt, profissional especialista em casais, nos ensina algumas boas lições. Quando analisamos uma relação, vale lembrar que cada um do casal tem sua parcela de res-ponsabilidade e que, ao mesmo tempo, a responsabilidade é conjunta. O papel dos erros na vida de cada esposo e de cada esposa é fazer com que possamos refletir sobre quem nós somos, nosso posicionamento e nossa postura. Existem problemas que permanecem duran-te algum tempo em nossa vida e parecem não ter solução, ou que tornam a se repetir. Nes-tes casos, acho válido entender que estes não são os problemas, mas sintomas de algo que pode sim ser resolvido.

O primeiro erro de um homem é FALAR DE EX, SUA OU DELA. Nunca nem fale de ex. O que aconteceu no passado, fica no passado. Se existe alguma insegurança de alguém, isso pode se transformar em ciúmes. Isso acontece porque, no coração, ela – por exemplo – vai criar empatia com a ex e achar que escolhas ruins se repetirão. Isso gera insegurança. Os parceiros anteriores de ambos fazem parte da história e ajudaram a construir o que o esposo e a espo-sa são hoje. 

O segundo erro é SE DESCUIDAR fisicamente, autonomamente, moralmente. Muitos ho-mens pensam que a conquista e o casamento é o seu auge. Acontece que o dia do casamen-to não é somente um ritual episódico. A união é apenas o início de algo e não o fim. Se o ho-mem não se dá conta disso, fica desleixado em todos os aspectos, e baixa a guarda, deixa de lado a saúde, as atividades físicas, o esporte que amava fazer e tem a impressão de que está fazendo a coisa certa, a fim de se dedicar a ganhar dinheiro, por exemplo. Ele se convence que está fazendo isso em prol do seu casamento, mas não é assim. A mulher só sustenta o amor e a paixão se vir o homem sendo homem, e isso não significa estar presente o tempo todo. Se dedicar demais a mulher faz com que ela perca o interesse porque o grande gatilho da paixão e do desejo é ver o homem no mundo, realizando, fazendo algo diferente, empre-endendo! Onde estão as coisas que fazem você se sentir vivo? Quais coisas fazem você vi-brar? Ali mora o despertar do desejo da sua mulher.

O terceiro erro são MENTIRINHAS E JUSTIFICATIVAS. Mantenha a dignidade como homem dentro do relacionamento, mesmo cometendo seus piores erros. Para termos um relacio-namento duradouro, o preço é a lealdade. E lealdade não é ser perfeito, mas buscar a verda-de, quando se saiu dela. A maior parte dos homens não teve um momento de transição para deixar de ser menino e passar a ser homem. Então, existe uma tendência grande de que, mesmo adulto, o homem aja como se ainda fosse um menino, uma parte moleque que quer esconder as coisas para não enfrentar as consequências porque assim se sentirá inferior e humilhado. O menino busca segurança, manter as coisas tranquilas, sem assumir responsabi-lidades. O homem assume o que faz, porque independente do resultado, vai dar conta de cabeça erguida e peito aberto. Isso é autoconfiança! Mentir ou justificar é uma deslealdade. Como humanos, todos temos o direito de errar, mas a questão é o que você vai fazer quando se dá conta do que fez. O que faz um homem quando erra? A primeira coisa é reconhecer, compreender internamente o que levou a fazer o que fez. A segunda tarefa é admitir, assu-mir sem justificativas e sem promessas. Promessas são fantasias infantis, ninguém sabe o que acontecerá no futuro. A terceira ação é reparar. Significa que, de alguma forma concreta, você vai compensar o dano que causou. Reparar é diferente de comprar a desculpa ou o per-dão, é se responsabilizar por corrigir. Por último, encerre a questão e não permita que ela traga à tona novamente a situação que vocês viveram. Isso é crucial para o relacionamento seguir em frente. Comprometido a não cometer o mesmo erro de novo.

O quarto erro é o CIÚMES. O ciúme não é o problema, é o sintoma daquilo que está aconte-cendo mais profundamente. Pensamos, no senso comum, que o ciúme é uma atitude de possessividade. Mas na verdade, o ciumento é aquele que quer acabar com a relação incons-cientemente, que tem o desejo inconsciente de mandar a mulher embora. Muitas vezes, o homem não quer se sentir culpado por acabar com a relação e, por isso, quer arranjar algo para que ela saia como culpada. Assim, quando identifica uma ameaça, o homem chama a atenção da companheira para uma terceira pessoa. Se continuar neste movimento, a mulher vai se sentir cada vez mais pensativa sobre esta terceira pessoa, ou seja, o temor e o medo fazem o contrário internamente. Não existe relacionamento maduro e saudável sem confi-ança. Talvez o ciumento queira que a parceira vá embora por não se sentir à altura porque não vê o valor que ele mesmo tem. É preciso confiar na mulher e trabalhar a própria autoes-tima. Conseguir ser capaz de ver o quanto tem para contribuir na vida da mulher. Isso pode ser um trabalho longo e profundo de autoconhecimento. Não é pecado sentir ciúme, mas não o demonstre.