Você está consumindo a plataforma de mentiras do Hamas

Você está consumindo a plataforma de mentiras do Hamas


Transcrevo um discurso feito pelo maior opositor político do atual primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Repito: opositor de quem comanda Israel hoje. Yair Lapid é um político, jornalista, ator e escritor israelense que serviu como primeiro-ministro de Israel de julho a dezembro de 2022. Ele é o fundador e líder do partido político Yesh Atid, que apareceu pela primeira vez nas eleições israelenses de 2013, quando ficou em segundo lugar atrás apenas do partido Likud do primeiro-ministro, atual, Benjamin Netanyahu.

“Eu tenho uma pergunta a todos vocês. Vocês acham que uma organização que não tem problema em massacrar bebês, massacrar mulheres grávidas e massacrar uma menina autista de 13 anos com sua avó de 80 anos tem algum problema em mentir?

De todas as distorções da cobertura da imprensa nestes últimos dias, sobre os esforços de Israel em se proteger contra o Hamas, a maior é o equilíbrio. Uma enorme parte da mídia está oferecendo a seus leitores e espectadores um quadro ‘equilibrado’, em que eles estão apresentando ambos os lados igualmente. A história contada por um país democrático que está tentando proteger a vida. E a história contada por uma organização assassina e terrorista que odeia e não se importa com a vida. 

O Hamas mente como método. Eles matam nossos filhos e dizem que a culpa é de Israel. Eles matam suas próprias crianças, ao usá-las como escudos humanos e enviá-las armadas para a guerrilha urbana e também dizem que a culpa é de Israel. Eles usam civis como escudos humanos, atiram neles, se eles tentam escapar, e acobertam isso com sua grande quantidade de fake News. Nunca houve um abuso mais cínico e horrível da liberdade de expressão. Meu argumento é que a mídia não pode simplesmente alegar que está trazendo os dois lados da história. Se vocês fazem isso, vocês estão apenas trazendo um: o lado do Hamas.  É uma postura covarde e preguiçosa. É um insulto. É um insulto às vítimas, incluindo as vítimas palestinas. É também um insulto à ideia central de que é o jornalismo.

Não existe absolutamente nenhum problema em se criticar Israel. Mas quando você sabe que um lado mente, e o outro lado faz todo esforço para verificar os fatos, o mínimo que podemos esperar é que não se ofereça uma plataforma ilimitada às mentiras.

Quantos judeus precisam morrer, em ataques futuros, antes que vocês parem de nos culpar por tudo o que acontece? Porque naquele sábado macabro, há duas semanas, 1.400 foram assassinados. De quantos mais você precisa? Dez mil? 6 milhões? Sim, esta é uma referência ao Holocausto. Falta de tato de minha parte, eu sei. Os judeus sempre fazem isso, não é mesmo? Mencionam o Holocausto para que possam reivindicar ser as vítimas. Não funciona. Seis milhões é apenas um número para você. Como 1.400.

Talvez o número proteja você. Dessa forma, você não precisa pensar nas pessoas por trás do número. Sobre a avó que foi assassinada com a neta autista que amava Harry Potter. Você não precisará pensar em Abigail. Ela tem três anos. O Hamas a sequestrou e levou para Gaza. Quem sequestra uma menina de 3 anos? O que eles farão com ela? Como é possível que haja pessoas a se manifestarem contra Abigail e em apoio às pessoas que a raptaram?

Seus sentimentos eximem você de conhecer os fatos? Entendo que você sinta que os palestinos estão sofrendo, você realmente sente isso, é um sentimento forte, mas você realmente não tem nenhum interesse nos fatos reais?

Você sabia, por exemplo, que o Hamas não apoia uma solução de dois Estados? Eles nem sequer querem libertar a Palestina. Esse não é o tipo de movimento que eles fazem. O Hamas não é um movimento nacional palestino, você o está confundindo com a Autoridade Palestina.

As duas organizações são rivais ferozes. O Hamas é uma organização islâmica radical, como o Estado Islâmico. O seu objetivo é consolidar um califado islâmico em todo o Oriente Médio, sem judeus, sem pessoas LGBT, sem cristãos, mesmo sem muçulmanos moderados.

E as pessoas LGBT? Você realmente não se importa que as pessoas que você apoia enforquem gays? Os ‘Queers pela Palestina’ não se importam com Ahmed Abu Marakhia, um jovem palestino homossexual que conseguiu fugir para Israel, mas foi raptado pelo Hamas, assassinado e teve seu corpo mutilado?

Estas palavras soam como uma manipulação irritante que é melhor ignorar.

Eu prometo que você será capaz de encontrar outros fatos que melhor se adaptem aos seus sentimentos. Haverá apenas um problema com eles – eles estarão errados.

A razão pela qual eles estão tão disponíveis em seu ‘feed’ de mídia social é que o Hamas e os iranianos financiam uma enorme rede de desinformação, que se direciona para os algoritmos de preferências políticas mais à esquerda”.