Ruas, marquises, passeios e jardins, eles estão nas ruas...

Ruas, marquises, passeios e jardins, eles estão nas ruas...


Nesta edição, mais uma vez, estamos ocupando nossas páginas devido ao grande número de reclamações recebidas por causa do crescente aumento de moradores de rua na cidade. Nossas praças, marquises de prédios, passeios, estão sendo tomados pelos moradores de rua e é cada vez pior andar na área central e adjacências, por causa da importunação constante e até mesmo o risco de agressão, pois, ao negar ajuda, a população tem sido xingada e até mesmo ameaçada. A única possibilidade de resolver e acabar com a incômoda situação é uma ação efetiva do poder público e com resultados, pois não adianta a secretária de Ação Social e o excelentíssimo senhor prefeito afirmarem que há uma ação diária, se não há um resultado plausível para a população. Os dois justificaram nesta semana para o jornal que diariamente a equipe de rua faz contato com os moradores de rua e que são oferecidos oferta de abrigo, passagem para retorna à família, banho e alimentação na “Casa Azul” e conscientização inerente ao espaço público. E finalizaram afirmando que, “enfim, todos os nossos serviços foram ofertados. Fazemos abordagens em três períodos do dia: manhã, tarde e noite; e sempre respeitando o direito da pessoa humana, afinal, temos órgãos que nos fiscalizam também, como o de Direitos Humanos e o Ministério Público. Agimos dentro da legalidade, respeitando a legislação”. Os dois representantes da população terminam com a seguinte pergunta: “O que o Sr. sugere que façamos dentro da política de assistência social que ainda não foi feito? Mas fiquei curiosa... Como o Sr. resolveria esse ‘problema’ em 5 minutos?”.

Pois muito bem. O questionamento da secretária de Assistência Social, senhora Alessandra Nogueira Araújo, e que foi endossado pelo senhor prefeito, Neider Moreira, pois ele repetiu o print da sua assessora, ou melhor, secretária, foi feito porque afirmei no áudio que enviei a ela e ao alcaide que resolveria o problema em pouco tempo. Como eles querem saber, vamos lá:

Entendo que, além do efetivo trabalho da secretaria junto aos moradores de rua, deveria haver, como em outros municípios mineiros e País afora, um trabalho de interceptação nos acessos ao município, antes mesmo que os “visitantes” se estabeleçam nos nossos logradouros públicos, com uma ação mais efetiva e rígida, dentro dos padrões permitidos, ou seja, a interceptação levaria em conta questionamentos como: documentação, de onde vem, e veio fazer o quê? Tem familiares na cidade? Veio a trabalho? E se as respostas não forem efetivas e convincentes, que seja colocado em prática o trabalho de convencimento a irem embora com ajuda do Município com passagem, dentre outros, antes mesmo que adentrem a cidade. Caso tudo isso não seja possível, que a polícia seja acionada para que medidas mais contundentes sejam tomadas. 

Em algumas cidades mineiras e País afora, ações de “policiamento” feitas pelas guardas municipais e/ou pela PM nos acessos às cidades impedem que os andarilhos e pedintes se instalem. É preciso ação constante e bem definida e com planejamento, e, além da guarda municipal e da Polícia Militar, é preciso que um psicólogo e um assistente social estejam juntos, pois, além de uma ação mais efetiva e contundente, é preciso uma explicação lógica e de forma mais humana, como alegam os nossos representantes da Prefeitura. O fato é que, em outros municípios, ações práticas são efetivamente colocadas em prática e os andarilhos, pedintes e viciados sem rumo não chegam a entrar nas cidades. São “descartados” ainda nas rodovias de acesso e nos trevos. É simples, ações efetivas e contundentes. É isso. Eu resolveria em 5 minutos dessa forma. Está respondido, senhora secretária? 

Entendo que há uma fiscalização do Ministério Público e de órgãos como o de Direitos Humanos, porém mostrem para eles, então, que a população está sendo colocada em risco e que todas as formas de convencimento e de ajuda foram oferecidas e negadas pelos “visitantes”. E os convença que população não é obrigada a ficar exposta a todo tipo de perigo 24 horas. 

A situação na cidade é preocupante, pois, além de tomar conta dos logradouros públicos de forma a transformá-los em uma casa, hospedaria e/ou quarto, transformam os jardins, marquises e passeios em banheiros, urinando e defecando por todo lado, sem se preocupar. Além do cidadão que paga seus impostos para ter uma cidade limpa e segura, os funcionários públicos da limpeza urbana não são obrigados a limpar a sujeira deixada para trás dia a dia pelos andarilhos, moradores de rua e pedintes. A situação chegou a um ponto que não é mais suportável pela população. Como já afirmei em áudios enviados aos nossos administradores públicos, todos estão irritados e com medo, quando digo todos, estou incluindo comerciantes, trabalhadores do comércio, moradores das principais ruas centrais, proprietários de prédios e o cidadão comum que gosta de passear pelas praças, assentar nos banquinhos para prosear e levar seus filhos pequenos para brincar no escorregador improvisado no monumento ao Dr. Augusto Gonçalves ou nas pedras da antiga fonte luminosa, que não funciona, mas chama a atenção das crianças...

Esta semana os “invasores da cidade”, ou seja, os moradores de rua “estrangeiros”, além de transformar o monumento ao Dr. Augusto Gonçalves em casa, com roupas estendidas, colchão, travesseiros e fogareiro, resolveram fazer churrasco e tomar cachaça o dia todo no local. Dormiram depois e deixaram para atrás toda a sujeira para as mulheres da limpeza urbana, que xingaram, espernearam, mas tiveram que limpar. Um absurdo. Em resumo, entendo que uma ação efetiva precisa ser colocada em prática com o envolvimento de todos, incluindo o Ministério Público, órgãos de assistência social, direitos humanos, Justiça, Legislativo e Executivo, clubes de serviço, maçonaria, igrejas e sociedade num todo. Caso não ocorra esse engajamento, que os moradores de rua que hoje ocupam espaços públicos sejam encaminhados para os promotores em suas casas e/ou colocados na porta do prédio do MP, nas igrejas católicas e evangélicas, dentre outras, na porta da Prefeitura e da Câmara. As autoridades e os que gostam de passar a “mão na cabeça” dos desocupados que assumam as suas responsabilidades então. Do jeito que está é que não pode continuar. Ufa!