Prefeitura vai vender 23 lotes em hasta pública

A Prefeitura de Itaúna está preparando o leilão de 23 imóveis de sua propriedade, com avaliação próxima de dois milhões de reais, no total. São 19 imóveis ao longo da Rua Aurélio Campos, que divide os bairros Piedade e Morada Nova. Outros dois imóveis estão localizados na comunidade rural de Córrego do Soldado, um terceiro no Bairro Tropical e mais um no Bairro Morada Nova. O leilão estava marcado para o dia 27 de novembro e, devido a um problema “de ordem técnica em um software (exigido em lei federal)”, como afirma aviso da Prefeitura, foi suspenso. Porém, na semana seguinte, foi remarcado, inclusive, com edição “extra” do Jornal Oficial do Município, para o dia 5 de dezembro. E essa rapidez em solucionar a questão e realizar o leilão é que está chamando a atenção de críticos.

“Por que a pressa?”, quer saber um cidadão que lida no prédio da prefeitura e entrou em contato com a reportagem, explicado que sua pergunta tem embasamento no pouco prazo que resta de mandato, o que não justificaria a arrecadação para a realização de alguma melhoria na cidade, o que seria o normal para estes casos.  Ou será que a venda sendo realizada no dia 5, pagamento feito ainda na primeira quinzena do último mês de mandato, vai possibilitar a realização de alguma benfeitoria no município? Esse é outro questionamento que foi feito por mais pessoas, em relação ao leilão. Um comentário acerca do tema aponta que “a não ser que esta seja uma maneira de levantar recursos para entrar no caixa ainda neste ano e abater um pouco das dívidas que estariam sendo deixadas...”.

As ações em torno do leilão

Na última semana do mês de outubro, o edital foi lançado, marcando o leilão para o dia 27, até porque é exigido um prazo mínimo para a publicação. A suspensão do ato foi publicada com data do dia 5. No dia 6, uma edição extra do jornal oficial de Itaúna anunciou a nova data para o leilão, no dia 5 de dezembro. Essa agilidade na solução do problema encontrado e a rapidez em remarcar o leilão é que estão chamando a atenção das pessoas.

Os leilões de imóveis do Município têm se tornado uma prática recorrente para levantar fundos para a realização de obras nas cidades. Porém é preciso lembrar que o valor auferido com esses leilões passa à contabilidade na rubrica de receitas de capital. Segundo alguns comentários, a possível entrada de quase dois milhões de reais com a venda desses imóveis, no caixa da Prefeitura, ajudaria a equilibrar contas na passagem do comando à próxima administração. Verdade ou não, o fato é que a rapidez em corrigir o problema e confirmar a realização do leilão para o dia 5 de dezembro, a apenas 25 dias do final do mandato, tem gerado muitos comentários, principalmente no meio político itaunense.