Período de seca faz aumentar problemas com esgoto no rio
Menos água no leito e esgoto sendo despejado nos cursos d’água ampliam os problemas para a população
Os itaunenses passaram a conviver com o problema do esgoto sendo despejado nos cursos d´água da cidade quando as redes do Projeto Somma foram destruídas. O mau cheiro e os muitos riscos à saúde têm sido denunciados pela população ao longo dos meses, nos últimos dois anos, principalmente. Porém agora a situação foi agravada com a seca dos últimos meses, que provoca a redução do volume de água correndo nos leitos de córregos, ribeirões e rio que cortam a área urbana de Itaúna. Com menos água e mais esgoto, a situação piorou, e muito.
A reportagem da FOLHA registrou em alguns locais do Ribeirão dos Capotos, nesta semana, a água preta, suja, após ser misturada ao esgoto, que demonstra a gravidade da situação. O mau cheiro é insuportável em determinados horários, quando o tempo está mais quente. E o receio é de que a saúde das pessoas residentes nas proximidades destes cursos d´água sejam mais afetadas do que já vinham sendo.
A Prefeitura e o SAAE não demonstram capacidade de agir para reduzir o problema, que deve persistir pelo menos até o final deste mandato, em relação às redes de esgoto. Conforme opiniões de pessoas com experiência no setor, o problema não é de difícil solução, precisando mais de “vontade de agir do que de conhecimento especializado”, afirmou um desses cidadãos à FOLHA. E nesta semana a reportagem procurou o ex-vereador e ex-diretor do SAAE Nilzon Borges para ouvir a sua opinião sobre essa situação, segundo ele, primeiro é preciso um estudo para detectar onde estão todos os problemas de obstrução com a “quebra” dos emissários e saber até onde a rede está comprometida. Na sua opinião, em seguida, é preciso a troca dessa rede, que não precisa ser substituída na totalidade. E o mais importante nas suas afirmativas é que o serviço não pode ser feito na época de chuva, portanto somente no próximo ano é que o problema vai ser resolvido. Nilzon afirmou categoricamente que primeiro é preciso uma avaliação, pois a rede ainda tem “tempo de vida”. Na próxima edição da FOLHA, no dia 14 de setembro, publicaremos a opinião e os esclarecimentos do ex-vereador e ex-diretor da autarquia municipal SAAE em detalhes.
ex-diretor do SAAE Nilzon Borges