O desafio das ausências: Mais de 5 mil faltas em consultas e exames em Itaúna

O desafio das ausências: Mais de 5 mil faltas em consultas e exames em Itaúna
Prefeitura de Itaúna

​Entre janeiro e agosto deste ano, a saúde pública de Itaúna enfrentou um desafio significativo: um total de 5.211 faltas de pacientes a consultas e exames agendados. Esse número alarmante reflete a quebra de um compromisso crucial na relação entre o sistema de saúde e o cidadão.

​Com uma média "bruta" de 21 faltas por dia útil, as ausências no CEMO Dr. Ovídio Nogueira Machado geram um impacto negativo que vai além do desperdício de recursos.

​Especialidades mais afetadas

O levantamento da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) detalha onde o problema é mais sentido. Entre as especialidades e procedimentos com maior número de não-comparecimentos, destacam-se:

​Raio-X: 1.062 faltas
​Ultrassonografia: 481 faltas
​Pediatria: 401 faltas
​Ortopedia: 355 faltas
​Psiquiatria: 307 faltas
​Endocrinologia: 302 faltas
​Otorrino: 267 faltas
​Dermatologia: 259 faltas
​Urologia: 246 faltas
​Ginecologia: 238 faltas

​Custos e oportunidades perdidas

​O secretário municipal de Saúde, Alan Rodrigo, manifestou preocupação com os dados, ressaltando as consequências do "mau hábito".

​"O impacto negativo do mau hábito gera custos, bancados pelos próprios cidadãos, relativos à contratação de médicos e procedimentos, além de tirar a oportunidade de outras pessoas em filas de espera e que aguardam esta oportunidade para melhoria de qualidade em sua saúde", enfatiza o secretário.

A situação é vista como ainda mais injustificável porque o sistema de agendamento conta com o apoio de agentes comunitários de saúde. Esses profissionais fazem o contato direto com o cidadão, confirmando datas e horários.

No entanto, o paciente, mesmo após a confirmação, muitas vezes não comparece.
O apelo da Secretaria é direto: que o paciente avise com a mínima antecedência sobre qualquer impossibilidade de comparecer. Essa simples atitude permite a substituição imediata por outro paciente na fila de espera, otimizando o tempo dos profissionais e o uso dos recursos públicos.

O compromisso do paciente é fundamental para garantir que o direito constitucional à saúde seja exercido de forma eficiente por toda a comunidade.