Fecomércio MG divulga números do mercado de trabalho na região
Região Centro-Oeste de Minas fechou o ano com quase 300 mil trabalhadores empregados com carteira assinada. Salário médio de admissão ficou abaixo da média estadual
A economia tem a divisão em três setores básicos, que são o primário, que trata da produção de matérias-primas, como o minério de ferro, por exemplo; o secundário, que é composto pela atividade industrial, como as fábricas de peças; e o terciário, que agrega as atividades do comércio e serviço, aí incluído os ambulantes, o pessoal que presta serviços domésticos, e assim por diante. E foi exatamente o setor terciário que segurou a geração de empregos no Centro-Oeste de Minas, região composta por 56 municípios, dentre os quais não está incluído o município vizinho de Pará de Minas.
Conforme divulgação da Fecomércio Minas, entidade representativa do setor, o ano de 2023 foi encerrado com um estoque de 292.922 pessoas trabalhando com carteira assinada, segundo dados do CAGED – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. Esse número possibilitou o crescimento em 4,6% na comparação com o ano de 2022. Se comparado com janeiro de 2020, o crescimento na região foi de 16,4%, com aumento de 41.254 profissionais, incluídos no mercado formal da região.
No acumulado do ano de 2023, o saldo positivo foi de 12.758 novos postos, mesmo tendo havido queda no mês de novembro, como aponta o texto da Fecomércio MG. Porém foi o setor terciário, conforme detectou o estudo, que manteve o crescimento, já que a área da indústria enfrentou redução sensível no número de pessoas empregadas com carteira assinada na região.
Mas os salários médios de admissão da região Centro -Oeste não acompanharam o crescimento no número de vagas de trabalho e ficaram 2,1% abaixo da média encontrada no Estado de Minas Gerais. Se o estado conseguiu média no salário de admissão de 1.782,30, na região essa média foi de R$ 1.745,65, o que demonstra que apesar de haver crescimento no número de pessoas empregadas, os salários não acompanham, sofrendo baixa em relação às demais regiões mineiras.
Itaúna com números que representam 10% em média
Como informado em matéria nesta edição, Itaúna conta com estoque de trabalhadores com carteira assinada, ao final de 2023, de 29.536 trabalhadores. Esses números representam pouco mais de 10% do total da região. Também em relação ao saldo positivo do ano, de 12.758 novos postos criados, a porcentagem alcançada por Itaúna é um pouco acima deste percentual. A economia itaunense gerou 1.823 novos empregos no ano, o que representa 14,28% do total do Centro-Oeste.
Porém, como no geral, o setor terciário foi o responsável pela manutenção dos números. Em Itaúna, 85% das vagas criadas no ano (1.552) foram no setor de prestação de serviços para a área da construção civil. Não foram localizadas informações sobre o valor específico do salário médio de admissão em Itaúna. Em relação ao salário médio dos trabalhadores, segundo o site Caravela.info, os trabalhadores itaunenses no mercado formal (carteira assinada) têm média salarial de R$ 2.5 mil, cerca de R$ 400 abaixo da média encontrada no estado de Minas Gerais, que é de R$ 2,9 mil.