Ex-funcionária de clínica é investigada por golpe
A Polícia Civil de Itaúna está investigando uma ex-funcionária de uma clínica que é suspeita de fraude. Ela utilizou indevidamente dados de clientes para emitir cartões de crédito e realizar empréstimos em nome deles sem autorização.
Os relatos indicam que a suspeita aproveitava sua atuação no atendimento e nas vendas de procedimentos da clínica. Ela ganhava a confiança dos pacientes e os convencia a aderir a supostos cartões que, conforme alegava, trariam descontos e benefícios nos tratamentos.
A farsa só era desvendada quando os clientes, em busca de esclarecimento, percebiam que os cartões prometidos jamais eram entregues e que cobranças elevadas de empréstimos começavam a surgir em suas contas. O dinheiro desses empréstimos era depositado diretamente na conta da ex-funcionária, configurando o crime de estelionato.
A Polícia Civil já foi acionada e confirmou à reportagem da FOLHA que um procedimento já foi instaurado para apurar os fatos e, até o momento, duas vítimas já formalizaram a representação.
As denúncias, no entanto, sugerem que o número de pessoas lesadas pode ser muito maior. A Polícia Civil fez um comunicado que quem se reconhecer como vítima dessa prática deve procurar imediatamente a Delegacia para registrar o Boletim de Ocorrência e formalizar a representação.
O crime em questão, o estelionato, está tipificado no Artigo 171 do Código Penal. Ele se configura quando alguém obtém vantagem ilícita valendo-se de artifício, fraude ou qualquer tipo de manipulação para causar prejuízo a outra pessoa.
A pena base para o estelionato varia de 1 a 5 anos de reclusão, além de multa. A punição pode ser agravada, especialmente quando há o uso indevido de dados pessoais das vítimas para a execução do golpe.






