VANDALISMO - Radares são alvo de vândalos nas estradas da região
Após atos de dano ao patrimônio público, vários “cidadãos” apoiaram os vândalos e até indicaram locais para novas ações dos bandidos
Mais uma vez a ação de vândalos destruindo patrimônio público, é apoiada por pessoas que insistem em se colocar como “exemplos de cidadãos”, mas que concordam com atos de violência e destruição de bens públicos para se beneficiarem. É o que afirma uma autoridade ouvida pela reportagem, comentando a ação realizada contra radares instalados nas estradas da região (MG-431 e MG-050).
Foram vandalizados, em um mesmo período, os radares instalados nos seguintes locais da MG-431: acesso à Água Viva e próximo da Cachoeira dos Chaves, ambos no trecho Itaúna/Itatiaiuçu; e próximo da Saint Gobain, na mesma estrada, trecho entre Itaúna e Pará de Minas. Um quarto equipamento, instalado nas proximidades do acesso à zona rural de Vista Alegre, também foi atingido, no trecho Itaúna a Divinópolis, da MG-050.
Esses equipamentos são colocados nas rodovias, assim como quebra-molas, porque vários motoristas insistem em não respeitar o limite de velocidade das estradas, ocasionando acidentes como os vários informados pela imprensa, nestes locais. Porém, a alegação dos apoiadores do vandalismo é de que esses radares são “indústria de multa”. O argumento contrário das autoridades é simples: só é multado quem extrapola o limite da velocidade permitida, pois quem respeita a legislação, não corre esse risco.
Manifestação de apoio ao crime
Dentre postagens feitas na internet, por alguns “cidadãos de bem”, estão as seguintes: “tem é que pagar uma cerveja pra quem teve essa ideia”, “boa rapaziada... tem um ali perto do poliesportivo da Universidade que tá enchendo o saco tbm kkkkkkk”, “quatro indústrias da multa a menos”, e dezenas de outras manifestações no mesmo sentido.
Conforme alertam as autoridades, o problema é que a destruição ou vandalismo contra bens públicos ou privados, pode ser considerado crime e, quem apoia estas ações está literalmente, cometendo outro crime. E pior, as pessoas podem ser facilmente identificadas nestas postagens e acabar sendo chamadas a responder pelos atos dos vândalos, como cúmplices/apoiadores.
Que a legislação necessita de mudanças, inclusive sobre essa questão de fiscalização do trânsito nas estradas, é fato. Porém as manifestações de desagrado em relação a atos das autoridades públicas devem ser contestadas pelos caminhos legais e não através de atos de destruição de patrimônio público, sob aa alegação de não-concordância. Um dos principais meios é na hora do voto, de saber escolher não pela questão religiosa, sexual, de afinidade pessoal, mas de cobrar propostas, comportamento fiscalizador dos políticos, apontam os especialistas.