Presidente da Câmara fala sobre repasses às empresas em BH

Em Belo Horizonte, a Prefeitura está fazendo repasse de recursos à concessionária e vereadores exigiram redução no valor da passagem

Presidente da Câmara fala sobre repasses às empresas em BH


O vereador presidente da Câmara de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal “O Tempo”, de 14 de julho, abordou o problema do repasse de recursos às concessionárias do transporte público a título de “reequilíbrio financeiro”, assim como está sendo tratado em Itaúna, e fez considerações sobre o processo. Ele começa afirmando que o prefeito da capital “enviou para o Poder Legislativo um projeto de quase meio bilhão de subsídio sem qualquer exigência de contrapartida na prestação de serviço e sem sequer definir qual seria a tarifa”. Lembrou que a proposta encaminhada “mais parecia um cheque em branco, para deixar tudo ser resolvido a portas fechadas”. Disse ainda que o prefeito “tensionou, partiu para o ataque público (e está respondendo na Justiça por isso) e fez um ‘acordo’ de compadres com os empresários de ônibus, jogando a tarifa a R$ 6, negociando sobre a vida da população como se estivesse vendendo gado em sua fazenda”. E foi além, ao citar o empresário que é um dos proprietários da Viasul Itaúna: “E o povo de Belo Horizonte não é boi de propriedade do senhor Rubens Lessa”. 

Explicou Gabriel Azevedo os passos dados pelo Legislativo na capital. Disse que, “com muito diálogo, consegui as assinaturas necessárias para derrubar os decretos que aumentavam a passagem. E, graças à coragem dos 16 vereadores que me ajudaram a atingir o número mínimo de assinaturas para protocolar essa proposta, a Câmara Municipal mostrou que não ficaria encurralada”. E relaciona as conquistas da população, a partir da atuação dos vereadores: “Foram longas reuniões, por vezes com alta temperatura, até chegarmos a um texto de acordo. Agradeço à imprensa, que cobriu as discussões, garantindo transparência nos debates. A independência da Câmara Municipal conseguiu a garantia de que a tarifa preponderante voltaria a R$ 4,50, conseguiu a conquista histórica do passe estudantil integral, as gratuidades nas linhas de vilas e favelas, o passe livre para quem está em tratamento no SUS, para mulheres vítimas de violência e para quem está procurando emprego. Não conseguimos tudo”, disse.

Continuou suas afirmações informando que, além dos benefícios obtidos, conseguiram que fosse criado um número de WhatsApp para que a população ajude a fiscalizar a prestação de serviços, fiscalizando as empresas. E garantiu, ainda, que não será permitido que alguma empresa receba o repasse de dinheiro público sem prestar o serviço que foi combinado. A íntegra da fala do vereador pode ser conferida no seguinte link: https://www.otempo.com.br/politica/gabriel-azevedo/a-tarifa-voltou-a-r-4-50-e-tem-mais-1.3028955. 

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