Prefeito entrega ETE com a presença de ministro de Estado

Empreendimento previsto para custar R$ 30 milhões teve valor final de R$ 45 milhões, conforme divulgou a Prefeitura

Prefeito entrega ETE com a presença de ministro de Estado
Foto: Divulgação/PMI


A obra da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), iniciada em 2012 e com previsão de custo em torno de R$ 30 milhões, foi entregue à população, onze anos depois, com informação de ter custado cerca de R$ 45 milhões, apontando um aumento de algo em torno de 50% na previsão das despesas. A obra começou a ser projetada em 1997 e foi iniciada efetivamente, em 12 de março de 2012. Em 2016 a projeção de custos era de R$ 30 milhões, com R$ 14 milhões deste total, liberado a fundo perdido pelo Governo Federal (recurso sem necessidade de devolução aos cofres federais), sendo que a primeira etapa já estava praticamente concluída, assim como obras físicas da segunda etapa, restando principalmente a aquisição de maquinário e equipamentos para a ETE entrar em funcionamento, além de mais de R$ 10 milhões liberados e ainda a serem empregados na obra. 

Ao assumir a administração em 2017, o governo de Neider Moreira efetivou mudanças no projeto, o que acrescentou ao custo, inicialmente, cerca de R$ 5 milhões, conforme informação da época. Cinco anos depois, a obra foi entregue com o custo final projetado em R$ 45 milhões. A ETE recebeu o nome de “Professor Marco Elíseo Chaves Coutinho” em lei aprovada na Câmara de Itaúna, e sancionada sob o número 5.930/23. Marco Elísio foi um dos principais agentes em defesa do meio ambiente em Itaúna, participando sempre de ações desenvolvidas pela preservação e proteção do setor.

A solenidade de inauguração

Com a presença do ministro Alexandre Padilha, de Relações Institucionais do Governo Lula, da deputada estadual Lohanna França, do deputado federal Rogério Correia, além de prefeitos da região, vereadores, secretários, imprensa e populares, o prefeito Neider Moreira fez a entrega da obra. Neider destacou a importância da ETE para a população itaunense, afirmando que a obra é “mais importante” dentre as várias das realizações listadas, efetivadas pelo seu governo. Citou asfaltamentos, melhorias na área da saúde e em outros setores. 

Também o ministro Padilha e a deputada Lohanna falaram na solenidade. O ministro destacou o fato de Itaúna já ter alcançado “as três coisas objetivas do desenvolvimento sustentável acontecendo ao mesmo tempo: água tratada para todo mundo, esgotamento tratado e o manejo responsável dos resíduos sólidos”. A ETE – Estação de Tratamento de Esgotos “Professor Marco Elísio Chaves Coutinho” foi projetada com a capacidade de tratamento de até 400 litros/segundo de esgoto, o que garante autonomia para pelo menos mais 20 anos, já que a vazão atual é estimada em 219 litros/segundo, se todo o esgoto coletado for levado para a estação, o que não estaria ocorrendo no momento (veja matéria nesta edição sobre o fato). 

Com a conclusão da obra e o alcance desejado de tratamento de todo o esgoto produzido na área urbana, além das comunidades instaladas abaixo do local (jusante), nas margens do rio, também as cidades de Pará de Minas e Igaratinga, principalmente, serão diretamente beneficiadas. A proposta é devolver a água ao rio com retirada de 95% da poluição. A legislação determina limpeza ao nível de 65%, portanto o tratamento do esgoto de Itaúna está projetado em níveis superiores ao especificado pela legislação ambiental.