Mulheres têm mais problemas de hipertensão

Élvio Marques apresentou trabalho feito em instituições de longa permanência de idosos

Mulheres têm mais  problemas de hipertensão


O médico cardiologista itaunense Élvio Marques apresentou, no último dia 29 de junho, na Associação Médica de Belo Horizonte, trabalho em que levantou a incidência de pressão alta em idosos internos em instituições de longa permanência. Conforme o médico, “o estudo nos revelou que em nosso universo a hipertensão arterial (pressão alta) é muito frequente entre idosos, a principal moléstia entre eles, ligeiramente superior nas mulheres”. Élvio afirmou ainda que a doença “é controlada com apenas uma medicação, sendo que os bloqueadores do receptor da angiotensina, a droga mais usada pela maioria dos idosos, e estes se encontram com pressão arterial controlada”.

O trabalho foi realizado em parceria com Sara Jane Gisbel Natascha dos Santos Marques; Yakelin Martinez; Camila Cristina Vilaça Monteiro; Ana Carolina Ramos Amorin; e Vânia Borges, tendo como base o Hospital ‘Manoel Gonçalves’, de Itaúna; a Assopoc, de Crucilândia; e a Clínica do Coração, de Itaúna. Ainda conforme o médico, “o objetivo deste trabalho foi determinar características da hipertensão arterial entre idosos em uma ILPI – Instituição de Longa Permanência de Idosos”. Foi feito o acompanhamento de 108 pacientes. Desses, “53 estavam em uso de hipotensores, ou seja, 49,01% eram hipertensos. Desse universo, 56,60% eram mulheres; 56,60% brancos; 26,41% pretos e 16,90% pardos. Em uso de apenas uma medicação hipotensora 56,60%; 22,64% dois hipotensores e 11,32% com três ou mais medicamentos”, explicou Élvio Marques. 

Informou ainda que, dentre todos os idosos acompanhados, “32, 07%, tinham ente 60 a 70 anos; entre 71 e 80 anos, também 32,07%; entre 81 e 90 anos, 30,18%; e 5,16% tinham acima de 91 anos. Os bloqueadores do receptor da angiotensina (BRAs) foram os medicamentos mais utilizados (43,39%), seguidos pelos diuréticos (37,73%) e antagonistas da aldosterona (13,20%). As doenças como ansiedade, insônia e depressão, foram as comorbidades mais frequentes (43,39%), seguidas pelo diabetes mellitus (35,84%) e hipotireoidismo (24,52%). A pressão arterial se mostrou controlada em 75,58% dos idosos da instituição”, concluiu o médico. Lembrou ainda o especialista que esse tipo de estudo serve para que políticas públicas possam ser elaboradas para o atendimento a esse público.