literatura - Eu, Alex Cross
Alex Cross é para James Patterson o mesmo que Sherlock Holmes para Arthur Conan Doyle ou Hercule Poirot para Agatha Christe, um personagem de várias histórias de suspense desses autores. Este é o 16º livro cujo protagonista é Alex Cross, por aí você pode calcular o sucesso deste personagem, que arrebatou multidão de seguidores e fez de James Patterson o autor de suspense mais vendido em todo mundo.
Ao todo, a série já computa 29 obras e o autor recomenda que sejam lidos na ordem do primeiro ao último, mas nada impede que sejam lidos fora de ordem, porque são histórias que iniciam e encerram dentro da mesma obra, pois não se trata de uma continuação.
Este autor já vendeu em todo o mundo cerca de 275 milhões de livros, em mais de 100 países, segundo dados de 2021, sendo recordista de presença na lista de mais vendidos do The New York Times. Tenham certeza, caiu no gosto do povo.
Nossa história começa numa noite especial. É aniversário de Alex Cross. Mas longe dali está uma universitária, que cursava o segundo ano da Faculdade de Direito da Universidade de Virgínia, uma estudante de futuro favorável e promissor, se não fosse o fato de estar prestes a morrer numa mata densa, escura e aterrorizadora, de onde foge numa tentativa alucinada de manter sua própria vida.
Hannah Willis dizia para si mesma: “Corra, Hannah, corra”.
A escuridão, a pressa, o medo, medo não, o pavor, exigiam esforço sobre humano de Hannah, que tropeçava, caía e se levantava, porque não havia possibilidade de ela fazer outra coisa, pois os homens que a perseguiam fariam qualquer coisa para alcançá-la.
Se ao menos ela tivesse em plenas condições físicas, que abaladas pela bala alojada em suas costas, cuja dor era nauseante, dificultava cada passo e tornava o avanço e cada arremetida, mais lentos.
Por certo, ela não sairia daquela mata viva, mas o que lhe restara era tentar. De repente sentiu cascalhos sob seus pés, enfim era uma estrada, surgira do nada, e Hannah nem sequer vira, quando saíra da mata. Suas esperanças se multiplicaram e aumentaram à medida que ouvia o som de um motor se aproximando...
Enquanto isso, Alex Cross, que estava feliz comemorando com a família, fora surpreendido pela presença de Damon, que viera do internato onde estudava em Massachusetts, sem falar em Nana e óbvio a Bree e as crianças, junto com os amigos John Sampson e sua família, o que poderia dar errado, não é?
Naquela empolgação, Alex Cross fez até discurso e promessa:
“- Eu, Alex Cross, prometo solenemente a todos nesta festa de aniversário me esforçar ao máximo para equilibrar minha vida pessoal e minha vida profissional, e nunca mais me mergulhar no lado sombrio.”
As surpresas não paravam, começaram a relembrar fatos, alguns dos quais ele gostaria que tivessem esquecido, como o caso do Jogo dos Redskins, quando Alex trancou as chaves dentro do carro. Episódio que fez com que ele se sentisse um velho prestes a se aposentar.
Outra lembrança foi quando publicaram numa revista um caso em que o chamaram de Sherlock Holmes americano. Esta, sim, serviu para amenizar o clima.
Mas a grande surpresa ficou para o final. Sabendo que, trabalhando no departamento de homicídios, não sobrava tempo para distrações e vez ou outra era obrigado a cancelar viagens...e não é que tinha ali, à sua frente, passagens para dois em lugar paradisíaco... deveras um final inesperado. Se ao menos fosse o final, mas não era ...
O telefone tocou e a chiadeira foi geral, nada de serviço hoje, papai. Mesmo assim atendeu, era Davies, que logo foi se desculpando por incomodar ainda mais no seu aniversário. É que é urgente. Do que se trata?
É sobre Caroline Cross. Foi encontrada morta, é preciso que vá ao IML para reconhecimento.
Está aí... nada podia ser pior, não é?
É claro que que estou contando do meu jeito, o melhor mesmo é você, leitor, conferir esta história, lendo-a, porque tenho a certeza de que é muito melhor.