Campanha política, Itaúna e suas “itaunices...”
A palavra não existe, mas a expressão pode ser dita e já ouvi algumas vezes, e o interessante é que acho que nossa Itaúna tem mesmo suas itaunices, principalmente quando se aproximam datas como as eleições municipais, quando a maioria dos cidadãos ficam eufóricos e demonstram suas posições políticas, suas preferências e principalmente as suas necessidades como moradores. E aí começam, inclusive, a discutir, e, se essa discussão for levada a cabo, pode até se transformar em briga. E, assim sendo, tenho observado nos últimos dias, com destaque para esta semana, que as, digamos, “picuinhas” e artimanhas comuns nas campanhas eleitorais no interior mineiro já tiveram início. E esta semana ouvi muita bobagem vinda dos bastidores das duas campanhas principais e que tiveram início ontem, sexta-feira, dia 16. E, como já frisamos, por várias vezes, aqui mesmo nesta coluna, Itaúna é ímpar.
E, por ser ímpar, poucos dos seus cidadãos têm a coragem de se expor perante a sociedade num todo. E muitos, como em qualquer lugar, têm a coragem de blasfemar na companhia de paredes. E muitos gostam é de “exercitar o gogó” e, neste caso, fazem um exercício insólito, pois acabam vomitando asneiras que só servem mesmo para massagear o próprio ego inconsistente. A campanha política sequer começou direito e já estamos indignados com as posições de alguns membros da nossa comunidade, que tentam prejudicar a trajetória de uma campanha política que vem aí e visivelmente já ganhou as ruas e a preferência dos eleitores. Como apreciadores da democracia, defendemos o direito do cidadão de contestar e tomar posições e apreciamos aqueles que mudam de posição ao perceberem que é com base na democracia e na união de forças que se consegue atingir objetivos maiores. É sinal de que esse cidadão prefere o melhor para um todo. Mas acho inadmissível que alguns poucos façam disso chacota, ameaça e, o pior, construam fake news em cima de fatos sabidos não verdadeiros.
Fomos informados na quarta-feira, portanto antes do início de fato das campanhas, que alguns empresários andam armando entre quatro paredes um futuro “boicote” ao jornal por causa de possível posicionamento editorial do veículo. E, segundo essas informações, o tal “boicote” começaria após as eleições e estaria centrado em dois fatos: no posicionamento editorial e na divulgação de matérias. Ao que parece, membros considerados da “alta soçaite” não estão satisfeitos, repito, com o possível posicionamento do jornal nas eleições. Não podemos afirmar se o tal “boicote” é fato, pois, como já frisado no início, Itaúna é ímpar e tem lá suas “itaunices”. Mas podemos afirmar categoricamente que não estamos nem um pouco preocupados com boicote ou posicionamento de futuros eleitos em nenhum dos dois poderes. E mais, vamos expor aqui os motivos, que são muito simples: em primeiro lugar, não acreditamos em boicote algum. Se de fato vier a acontecer, vai partir de uns poucos que muito provavelmente não têm credibilidade para tal e muito menos capacidade de mobilização, mesmo porque, se tivessem, estariam exercendo cargos importantes no município e atuando como fiscais operantes das coisas públicas e trabalhando para que a comunidade tivesse mais atenção dos homens públicos no poder. Não estão fazendo nem uma coisa nem outra, já que a única capacidade que têm é a de apreciar o próprio umbigo. Achamos que podemos perguntar: Por que podemos publicar notícias dos cidadãos considerados comuns – pés-rapados – e não podemos publicar dos “almofadinhas”, na acepção da palavra? Pois muito bem, publicamos, damos nome aos “bois” se preciso for e ainda assinamos embaixo com muita tranquilidade.
Quanto à questão do nosso posicionamento, basta observar o slogan da FOLHA: Jornal tem que ter opinião. Temos. E daí? Achamos que, além das “itaunices, em nossa terra barranqueira tem muita gente que tem mesmo é muito “gogó”. E só. Que venham as eleições e que ganhe o melhor, aquele que tem a melhor visão de um todo e que sabe que vai ocupar uma cadeira por quatro anos que “pesa”, pois Itaúna já não é uma cidade de pequeno porte faz tempo e, apesar de contar com boa infraestrutura, tem os seus problemas, comuns em qualquer município do seu porte. Se temos hoje quase 100% de esgoto, água e infraestrutura urbana, temos problemas nas áreas de assistência social, infraestrutura urbana, dentre outras. Melhoramos muito nas áreas de saúde, graças ao trabalho do médico Fernando Meira, mas os problemas são evidentes e é preciso planejamento a curto e longo prazo, pois nosso hospital já não suporta a demanda e precisamos de uma UPA central e postos para atendimento regionalizado.
Por: Renilton Gonçalves Pacheco