Atos de “cidadãos” prejudicam comunidade

SAAE não tem mais o serviço de fiscalização de limpeza e móveis velhos inundam ruas de bairros

Atos de “cidadãos” prejudicam comunidade
Foto: Reprodução/Redes sociais/Itaúna Alerta


A reportagem recebeu informações de que um incêndio provocado em alguns sofás velhos deixados nas margens da Rua Cândido Bernardes, no Bairro Morada Nova, deixou parte dos moradores sem energia elétrica, entre a noite da segunda-feira, 22, e a terça-feira, 23. Conforme a reclamação, o local tem sido usado por cidadãos que despejam seus lixos sem se preocupar com a vizinhança. Porém, talvez, devido ao incômodo de tantos objetos deixados no local, ou mesmo por ato impensado, de vandalismo, alguém colocou fogo nos móveis. 

Um incêndio aconteceu no local e foi registrado em vídeo, publicado nas redes sociais. O problema é que o fogo atingiu a rede elétrica, que precisou de reparos da concessionária, na manhã seguinte, e, com isso, parte dos moradores ficou sem a energia elétrica. O fogo também atingiu cabos de transmissão de sinais de internet no local, que fica nas proximidades do Parque Ecológico do Morada Nova. 

Porém o problema não é localizado no caso do descarte irregular de móveis velhos, lixo e entulho. Conforme reclamações de cidadãos, “a cidade está inundada deste problema, em todos os bairros, ou na maioria deles, pelo menos”, como alegou um dos reclamantes. E o fato se deve, em grande parte, pela ausência do poder público, complementada pela falta de cidadania de parte da comunidade, que descarta esse material nestes locais. 

Um dos reclamantes disse que “o SAAE disponibiliza um serviço de cata-trecos, que existia anteriormente e foi mantido. Mas a divulgação é quase nula, pois só colocam alguma coisa, quando o fazem, nas redes sociais e no site do SAAE, como se a população tivesse tempo para ficar consultando esses locais, todo o tempo. Antigamente as rádios, os jornais, a tevê e até carros de som informavam a existência do serviço e cobrava da população para usar o cata-treco”, disse. E completou, lembrando ainda que o serviço de fiscalização do SAAE, que conferia esses pontos e até multava quem agia errado, não existe mais. 

“O cidadão que joga lixo nas ruas, que descarta entulho, está errado. Mas a Prefeitura e o SAAE também precisam agir. Não basta divulgar, de vez em quando, nas redes sociais, que o serviço existe. É preciso voltar com a fiscalização. Também é preciso que a Prefeitura disponibilize um lugar para que a população descarte esse material, que é gerado em pequenas quantidades, já que fecharam o aterro controlado. Onde o poder público não atua a situação vira bagunça, como está acontecendo em Itaúna”, desabafou uma senhora que disse estar cansada de acionar a Ouvidoria da Prefeitura com reclamações.