ATÉ QUANDO - Furto de fiação deixa população sem remédio
Mais um furto de cabos elétricos registrado, tendo como consequência a interrupção de entrega de medicamentos aos itaunenses
Alguns prédios, famílias, escritórios, indústrias, ficaram sem energia elétrica. Após o furto de fiação nos reservatórios de água, bairros inteiros sofreram com a falta de água. No hospital, furto de fiação provocou situação de emergência com necessidade de colocar um gerador de energia para funcionar e dar condição de os médicos continuarem trabalhando. E, nesta semana, outro furto de cabos de energia levou a problema sério na área da saúde, com inúmeras pessoas deixando de receber medicamentos.
Isso mesmo, furtaram a fiação que atende à Farmácia Básica e a Secretaria de Saúde teve de suspender o fornecimento de insulina a pacientes com diabetes. Também teve de ser paralisado o fornecimento de medicamentos de alto custo. Isso significa que pessoas com doenças graves ficaram privadas do medicamento por causa de furto de cabos elétricos. A Secretaria de Saúde informou que está providenciando os reparos e, possivelmente no início da próxima semana, a situação já esteja normalizada.
O furto, conforme ocorrência policial, ocorreu na madrugada do dia 10, segunda-feira. Assim, algumas pessoas podem ter ficado sem medicamento por até uma semana. E se alguém perde a vida por isso? São casos gravíssimos, que têm acontecido cotidianamente por um motivo principal: existe mercado para a comercialização destes cabos elétricos. Alguém compra o cobre – matéria-prima com a qual esses fios são produzidos – sem se preocupar em saber a procedência, ou até mesmo sabendo.
Conforme especialistas em segurança pública, “enquanto não houver punição exemplar a quem compra esse tipo de material, os furtos vão continuar acontecendo. É preciso entender que os ladrões não são os únicos culpados. Sabemos que a maioria deles é usuária de drogas e furta os cabos para vendê-los em depósitos de sucatas e ferros-velhos, por pequenos valores, o suficiente para aquisição de uma pedra de crack. Quem compra esse material também é responsável!”, apontam. É uma cadeia que se estende até os grandes compradores e recicladores.





