“Todo ano é a mesma coisa, não é de hoje”

Apesar de o tema da convocação da diretora do SAAE à Câmara ser a questão do despejo de esgoto no Rio São João e nos ribeirões Joanica e Capotos, os vereadores questionaram a propaganda de inauguração da ETE, a falta de água, a colocação de lixeira e uma série de outros temas. Segundo eles, os questionamentos eram necessários porque a diretora da autarquia não dá retorno aos seus vários questionamentos no dia a dia. 

Em relação à falta de água, principalmente nas zonas rurais e nos bairros mais distantes do Centro, e até mesmo em bairros próximos ao Centro e à estação de tratamento de água, como no Bairro Nogueirinha, que ficou sem água o dia todo na quarta-feira, Alaiza Aline deu uma explicação. Afirmou que, “todo ano, na época de seca, é a mesma coisa. Não é de hoje”. E afirmou ainda que, na sua opinião, “é preciso um amplo estudo para elaborar um projeto para enfrentar esta situação”. Mas não disse que já foi iniciado esse estudo, ou até mesmo um projeto. 

O vereador Antônio da Lua rebateu, afirmando que a resposta é sempre a mesma, que é necessário estudo, planejamento. Disse que não entende o porquê de, quando faltou água em Pará de Minas, por exemplo, eles resolveram o problema mandando caminhões-pipa buscar água em Itaúna, até que a obra necessária fosse realizada. Sugeriu que o SAAE mande caminhões-pipa para as comunidades onde falta água, até que a solução definitiva apareça.

Nos bastidores, a afirmativa era de que a direção do SAAE não tem conhecimento necessário para enfrentar o problema, ou não tem autonomia, ou os dois fatores. Isso é demonstrado, segundo as opiniões, com respostas que sempre apontam a necessidade de outros setores atuarem, ou no repasse da responsabilidade para antecessores e até mesmo administrações passadas, quando não culpam “a natureza”.