Setor garantiu geração de empregos em 2023

Das 1.872 novas vagas criadas no ano, 1.674 são do setor da construção civil

Setor garantiu geração de empregos em 2023


Com os dados do CAGED – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Governo Federal, divulgados na última semana de 2023, Itaúna fecha o ano com saldo positivo de 1.972 novos empregos de carteira assinada, faltando ainda as informações do mês de dezembro, que serão totalizadas somente na última semana de janeiro deste ano. Deste total de vagas, 1.674 se referem ao setor da Construção Civil, que em novembro não teve um mês muito expressivo, gerando apenas 26 novos empregos. Porém a performance do setor durante todo o ano foi excelente, garantindo os números totais positivos para Itaúna, em 2023. 

A reportagem da FOLHA fez um levantamento nestas vagas criadas e encontrou a seguinte informação: apenas em janeiro de 2023, o saldo do setor da construção civil foi negativo, com 23 demissões. Nos meses seguintes, os números foram os seguintes: fevereiro, 95; março, 251; abril, 196; maio, 160; junho, 84; julho, 70; agosto, 358; setembro, 182; outubro, 249; e novembro, 26. Com isso ocupa, de longe, o primeiro posto em geração de empregos no município. A segunda posição é do setor de serviços, com 668 novos empregos; seguido do comércio, com 264; e do setor agropecuário, com 12 novos empregos. O negativo ficou com a indústria, que demitiu 573 pessoas em 2023, o que gera preocupação (veja matéria na página 5). 

Setor deve ter crescimento menor em 2024 

A construção civil teve crescimento estimado de 2,5% em Minas Gerais no ano passado, e as previsões para este ano são de crescimento de 1,3%. Portanto não é muito otimista para este ano, e em Itaúna a situação pode piorar caso o tratamento recebido pelos empresários e trabalhadores do setor, por parte da Prefeitura, permaneça no mesmo nível. Conforme a FOLHA vem informando desde o início de dezembro de 2023, está sendo preparada uma série de reportagens para demonstrar o que vem ocorrendo na área da construção civil de Itaúna. 

É importante informar também que, além da geração de empregos com carteira assinada, a construção civil interfere em vários setores da economia da cidade, na arrecadação de impostos, além do ICMS e ISS gerados no movimento desta indústria, é preciso acrescer o aumento nas arrecadações municipais de IPTU, tarifa de água e esgoto, taxa de lixo, bem como de ITBI, quando ocorrem as transações. 

A construção civil não gera crescimento apenas no momento da obra, este movimento começa antes, na aquisição do terreno, na projeção, e vai muito além, depois de concluída a construção. Assim é preciso trabalhar no fortalecimento desta indústria, diferente do que vem ocorrendo, conforme críticas de pessoas ligadas ao setor. Assim, a partir da próxima edição, a FOLHA vai começar uma série de reportagens, mostrando o andamento do setor junto à Secretaria de Urbanismo, os problemas apontados pelos profissionais da área e empresários, a opinião dos políticos e lideranças, a versão da Prefeitura e todos os pontos que conseguir levantar relativos à área. 

Isso não no sentido da crítica ou defesa de pontos de vista, mas para traçar um mapa do que está ocorrendo e o que pode ser melhorado para o bem de Itaúna. Caso permaneça como está, acrescido da previsão de crescimento menor, apontado pelo SINDUSCON-MG, e com a crise na área da indústria, Itaúna pode enfrentar uma séria crise nos próximos anos, isso sem falar no crescimento da dívida pública que se avizinha.