Mãe e irmã de aluna acusadas de agredir estudante no Bairro Aeroporto

Mãe e irmã de aluna acusadas de agredir estudante no Bairro Aeroporto
Foto: Reprodução/Rádio Itatiaia


Conforme relato da PM, na terça-feira, 16, a corporação foi acionada para comparecer ao Bairro Aeroporto, onde estaria acontecendo uma briga envolvendo alunos da Escola Estadual “Professora Geralda Magela Leão de Melo”. No local os militares apuraram que três menores estavam se desentendendo há algum tempo. São duas meninas de 14 anos e uma terceira, de 15 anos. O motivo da desavença seria devido a ciúmes de um amigo em comum das envolvidas. Ainda conforme o relato da ocorrência, uma menor, de 14 anos, teria sido empurrada por outra, conforme disse uma testemunha, mulher, de 29 anos. Que, a partir daí, começaram a brigar, com puxões de cabelo e tapas, e ela teve de intervir para separar a contenda. Informou ainda que as agressões foram recíprocas. 

Já outra mulher, de 48 anos, assim como a primeira informante, disse que estava na escola para uma reunião, quando viu duas meninas – uma de 15 e outra de 14 – agredindo sua filha e que interveio na situação. Informou que teve os cabelos puxados por uma menor de 15 anos nesse momento. Afirmou, ainda, que a mulher de 29 anos, que é responsável por uma das menores, gritou: “Eu vou te pegar, isso não vai ficar assim, vou pegar uma por uma”. Já a menor de 15 anos disse que na confusão foi empurrada e caiu ao solo. Ela apresentava um corte na boca e, para atendimento médico, foi levada ao Hospital. Informa o relato da PM que, “diante dos fatos, as partes foram conduzidas para a Delegacia de Polícia Civil, onde a ocorrência foi finalizada”.

Versão repassada à rádio é diferente

Em matéria publicada no site da referida emissora de rádio, a mãe da menor de 15 anos teria dito que “uma menina brigou com uma colega da minha filha. Elas se desentenderam dentro da sala de aula. Ao invés de resolver, ela levou a irmã e a mãe para baterem nessa menina. A minha filha foi separar a briga e elas acabaram agredindo ela (sua filha) também”. No relato da emissora consta que “a aluna chegou a passar mal e teve uma convulsão, segundo a mãe”, referindo-se à menor que foi levada ao Hospital. 

Um vídeo mostrando a confusão foi postado e mostra muita gritaria, empurrões e uma das alunas caindo. Várias pessoas tentam intervir, enquanto alguns alunos acompanham a briga e fazem comentários. A mãe da menor que teve ferimentos, disse que “eu levei ela para o hospital, fiz o boletim de ocorrência, o exame de corpo de delito. Agora ela já está em casa, mas só chora”. A direção da escola e a Secretaria de Estado da Educação divulgaram nota sobre o fato: 

“Sobre o ocorrido na Escola Estadual Professora Geralda Magela Leão de Melo, em Itaúna, na terça-feira (16/4), a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/ MG) esclarece que a direção da unidade escolar agiu prontamente, intervindo e acionando a Polícia Militar do Estado de Minas Gerais (PMMG), que chegou rapidamente ao local. 

A SEE/MG esclarece que as agressões foram iniciadas pelas responsáveis por uma estudante matriculada na unidade de ensino e que estavam nas dependências da escola no momento. Um boletim de ocorrência foi registrado e a direção escolar colabora com as autoridades competentes para que as agressoras sejam responsabilizadas. 

É importante esclarecer também que, no momento da confusão, uma estudante apresentou um mal súbito, mas retomou a consciência em seguida, não procedendo a informação de que a estudante teria convulsionado. Por solicitação de seu responsável, foi providenciado o pedido de transferência desta estudante para outra unidade da rede de ensino estadual. 

A Superintendência Regional de Ensino de Divinópolis, responsável pela coordenação da escola, acompanha a situação e uma equipe do Serviço de Inspeção Escolar já está no local nesta quarta-feira (17/4) para as devidas medidas que visam contribuir para a melhoria do clima escolar. 

Sobre as outras estudantes envolvidas, o Conselho Tutelar do município foi acionado para participar das reuniões da direção com os responsáveis, separadamente. As estudantes também serão remanejadas para outras turmas como medida da precaução. 

Profissionais do Núcleo de Acolhimento Educacional (NAE), formado por uma equipe de psicólogos e assistentes sociais, foram acionados para acompanhar a situação e realizarem ações de apoio e diálogo no combate a atos ou discursos de violência, incompatíveis com o ambiente escolar. 

Por fim, é importante esclarecer que a averiguação dos fatos no âmbito criminal cabe às autoridades competentes”.