Incendiários condenados a 42 anos de cadeia

Incendiários condenados a 42 anos de cadeia

Em julgamento realizado na quinta-feira, dia 21 de novembro, no Salão do Júri, no Fórum Mário Matos, de Itaúna, os quatro acusados de incendiar um ônibus e as chamas atingirem uma casa e um comércio no Bairro Morada Nova foram condenados a penas que, somadas, ultrapassam 40 anos de prisão. O fato aconteceu no dia 16 de março de 2023, e os levantamentos das investigações apontaram como causa a reação de criminosos contra a ação da polícia. No incêndio, foi destruído um ônibus da ViaSul que se encontrava no ponto de embarque. As chamas atingiram uma casa e um comércio próximos. Um homem de 40 anos e com necessidades especiais ficou ferido na ocasião, tendo 40% do seu corpo queimado. Também foi registrada a morte de um cão e de uma maritaca.

Os réus, de nomes Bernardo Augusto Oliveira Barbosa, Victor Júnio Souza Araújo, Kristian Maurílio Morais de Oliveira e Darlin Santos Camargos, foram levados a julgamento em júri popular no dia 21 de novembro passado, tendo sido condenados pelos atos de terrorismo praticados. Conforme a sentença, “os dolos dos agentes foram o de atearem fogo no ônibus coletivo para darem um recado do tráfico de drogas à polícia, sendo o dano o resultado naturalístico absorvido pelo crime maior de incêndio (...)”.

Os réus receberam as seguintes penas, que devem ser cumpridas inicialmente em regime fechado, sendo que ainda lhes foi negado o direito a recorrer da sentença em liberdade: Bernardo, o principal envolvido, foi condenado a pena de 15 anos e 7 meses de prisão; Darlin e Kristian, cada um, a 9 anos e 8 meses de prisão; e Victor, que teve participação reduzida nos atos, conforme as apurações, a pena de 5 anos e 2 meses de prisão. Somadas, as penas aos quatro condenados alcançam 42 anos e um mês de reclusão no total.

Atuaram no julgamento a juíza Karina Veloso Gangana Tanure, o promotor de Justiça Rodrigo Bragança de Queiroz, o defensor público Leonardo Dornas de Oliveira e os advogados Diego M. Florentino e Marcelo S. Mendonça.