Grupo Saritur é alvo de operação da Polícia Federal por sonegação de R$ 735 milhões
Viasul de Itaúna faz parte do grupo de empresas da família que está sendo investigada, mas não é citada na operação.
A Polícia Federal está realizando operação de investigação em empresas do grupo Saritur, em Belo Horizonte, Brumadinho, Nova Lima e Sabará, na Grande BH, e em Montes Claros, no Norte de Minas. A suspeita é de fraude no valor de R$ 735 milhões.
A operação, que leva o nome de “Ponto Final”, apura fraude contra a Previdência Social e a ordem tributária em valores que se aproximam de um bilhão. Nas cidades citadas estão sendo cumpridos 22 mandados de busca e apreensão.
Conforme a investigação da Polícia Federal, os empresários da família criavam empresas e não recolhiam tributos. Os empresários são investigados por fraudes como abuso da personalidade jurídica, sonegação de tributos, blindagem patrimonial e fraude à execução fiscal.
Viasul tem 310 sócios em outras empresas
Em pesquisa realizada pela reportagem da FOLHA, a Viasul Transportes Coletivos, de Itaúna tem participação em oito CNPJs perante a Receita Federal do Brasil, em Minas gerais.
Destas oito empresas, duas estão ativas e 6 suspensas ou inativas. A mais recente empresa à qual a Viasul é associada é a Consórcio BHLeste, que foi aberta em 2008.
Ainda conforme o levantamento, “atualmente Viasul tem 310 Sócios em outras empresas cadastradas no CNPJ”.
A Viasul de Itaúna, foi aberta em 17 de setembro de 2019. Outras empesas com o mesmo nome de Viasul, estão baixadas ou suspensas, nas cidades de Diamantina, Divinópolis, Sete Lagoas, Belo Horizonte e Varginha.
Antes de ser Viasul, a empresa em Itaúna foi a Morro Alto e, depois, Autotrans.
Conforme a imprensa da capital, o sindicato representante das empresas e o Grupo Saritur foi questionado sobre uma posição oficial relativa à operação, mas ainda não havia se posicionado.