GERAÇÃO DE RECURSOS - Hospital pede ajuda para instalar usina fotovoltaica

Economia anual com a conta de energia é de mais de R$ 500 mil, segundo projeto apresentado

GERAÇÃO DE RECURSOS - Hospital pede ajuda para instalar usina fotovoltaica
Foto: Reprodução/FOLHA
O médico nefrologista Vinícius Guimarães Gomes, que também ocupa a função de diretor técnico do Hospital “Manoel Gonçalves”, esteve na Câmara de Itaúna, durante a reunião ordinária da terça-feira, 28, quando apresentou aos vereadores dados sobre o projeto de instalação de uma usina fotovoltaica para o Hospital. A participação do médico foi no sentido de conseguir o apoio dos edis para a obtenção de recursos que possibilitem a construção da obra dentro do prazo apresentado pela Cemig. Conforme afirmou Vinícius, o projeto é antigo e está com o prazo praticamente vencido (venceu ontem, sexta-feira, 31 de março), o que pode gerar multa por parte da Cemig, já que a rede foi instalada para a captação da energia e a usina não foi iniciada, ainda. Assim a proposta é iniciar o mais rapidamente as obras e adiar a questão dos vencimentos dos prazos, até porque ocorreu modificação na legislação pertinente e o atual projeto é mais vantajoso para o Hospital do que uma nova negociação.
Ainda conforme as explicações do diretor técnico, faltam ainda cerca de R$ 1,7 milhão para totalizar os recursos da ordem de R$ 3 milhões, necessários para a obra. Conforme uma planilha apresentada por ele, o total da obra de instalação da fazenda fotovoltaica é de R$ 3.052.000,00. Com isso serão instaladas 1.474 placas, capazes de gerar a energia necessária para o funcionamento do hospital. O terreno, cedido pela Prefeitura, tem área de 15 mil metros quadrados e capacidade para cerca de 3 mil placas, o que geraria lucro para o Hospital, caso fosse totalmente aproveitado. Porém a proposta é de instalação da fazenda com as 1,4 mil placas.
 
Economia de mais de R$ 500 mil/ano
 
Atualmente o Hospital paga em média R$ 80 mil/mês de energia elétrica à Cemig. Com a instalação da usina, o Hospital teria despesa de R$ 7.224,00 por mês e economia de R$ 72 mil. Ao final de um ano a economia ultrapassa tranquilamente a meio milhão de Reais. O prazo para o investimento “se pagar” conforme o projeto, é de 35 meses. O tempo de vida útil da usina é de no mínimo 25 anos, com perda de eficiência de 20% ao final deste período.
Em um cálculo feito tendo por base os custos passados com energia elétrica, o Hospital pagou em 12 meses o total de R$ 673.560,00 e, com a usina esse custo seria de R$ 119.160,67, gerando assim uma economia líquida para o Hospital de R$ 518.399,33 em um ano. Os números mostram que a implantação da usina é altamente vantajosa para o Hospital, o que atuará na redução do déficit anual em meio milhão de Reais, pelo menos.
 
Vereadores apoiam e apontam caminhos
 
O presidente da Câmara, Nesval Júnior, adiantou que imediatamente determinou o encaminhamento de devolução de duodécimo em valor de R$ 100 mil “para que seja feito o cercamento do terreno e, assim, interrompa a contagem de prazo da Cemig”. Contabilizou ainda outros repasses possíveis que chegam a quase R$ 500 mil. O médico Vinícius Guimarães afirmou que a deputada Lohanna França também atuará na busca de recursos, o mesmo ocorrendo com vários vereadores que afirmaram que entrariam em contato imediato com os deputados que apoiam.
Também foi compromissado por vários vereadores, repasses de recursos das emendas impositivas para a aquisição da usina. Também surgiu a proposta de tentar junto ao Executivo, a antecipação do repasse de emendas impositivas do próximo ano, assim como a destinação de “sobras” de valores a serem destinados pelos edis, através destas emendas.