CRIME AMBIENTAL? - Avenida sanitária com “entupimento de minas”

Grande volume de entulho está sendo depositado em área de brejo no Bairro Santa Edwiges para “abrir avenida”

CRIME AMBIENTAL? - Avenida sanitária com “entupimento de minas”
Foto: Divulgação/FOLHA


Aos poucos, uma área de ocorrência de minas d’água e por onde corre um córrego, no Bairro Santa Edwiges, vai sendo aterrada para a abertura da já denominada “Avenida Sanitária”, que já tem o nome de “Avenida Chiquito Marinho”, tio do prefeito, na divisa daquele bairro com o conjunto habitacional Cidade Nova 2. O local é conhecido pelos moradores da região como “brejo” e fica à esquerda do acesso entre os bairros Morada Nova e Cidade Nova, pela Rua Ana de Faria Dornas. Logo pós a Rua Manoel Ribeiro, para quem segue no sentido Cidade Nova, vindo do Morada Nova, à esquerda, vários montes de entulho podem ser vistos. Conforme moradores, o entulho vai sendo colocado aos poucos, aterrando a área alagada, onde segundo eles, existem várias minas d’água e por onde corre um córrego.

Conforme um dos moradores da região, a informação é de que o local “será urbanizado”, com a abertura de uma avenida “que se estenderá até a Avenida Manoel da Custódia, fazendo o trajeto de um córrego que atravessa aquela região. “É uma área de alagamento, em que um córrego está sendo “assassinado” para que lotes sejam comercializados”, disse um dos reclamantes. Entrando pela Avenida Manoel da Custódia, já existem vários lotes sendo vendidos, lembrou ele. No sentido do bairro Garcias, pouco acima, existe um loteamento e, à direita, um terreno que certamente também deverá ser loteado com a abertura da avenida, como apontam moradores.

No sentido do Bairro Santa Edwiges, a abertura da avenida leva “aos fundos” do condomínio “Boulevard Lago Sul” e a uma mata que atualmente serve de área de escape para muitos bandidos. O problema, apontam os moradores, é que nada tem sido feito para preservar as minas d’água na região. “Não é feito um trabalho de conscientização junto aos moradores da região e vão amontoando entulho, depois um trator espalha, aterrando a área alagada, um verdadeiro crime ambiental que, pior de tudo, é feito por máquinas da Prefeitura”, aponta um dos denunciantes. “Não se vê um fiscal do meio ambiente, da Polícia Ambiental... Simplesmente chegam e vão aterrando... e falam que é o progresso chegando... Acho que o que acontece é crime ambiental, mas não temos a quem recorrer”, lamenta.