Prazos encerrados para troca-troca partidário

Prazos encerrados para troca-troca partidário


Passam-se as semanas e os prazos relacionados à disputa eleitoral de outubro próximo vão se encerrando. Nesta semana, dois prazos muito importantes se esgotam. Ontem, sexta-feira, 5 de abril, chegou ao fim o prazo para que os detentores de mandatos, no caso prefeito ou vereadores, mudassem de partido sem correr riscos de punição. 

Já neste sábado, dia 6, portanto a seis meses das próximas eleições, vence o prazo para a desincompatibilização de dirigentes municipais – secretários e diretores de autarquias – que serão candidatos a vereador deixarem seus cargos. Já no caso de o secretário ou o diretor de autarquia que vai ser candidato a prefeito ou a vice-prefeito, tem ainda mais dois meses de prazo para se desincompatibilizar. É o que está colocado na legislação consultada pela reportagem da FOLHA. 

Cinco secretários se afastam na Prefeitura 

Conforme apurações da reportagem, sairiam de seus cargos na Prefeitura nessa sexta-feira os seguintes secretários municipais: Dalton Leandro (Administração), Valter Amaral (Finanças), Rosse Andrade (Infraestrutura), Diógenes Vilela (Desenvolvimento Econômico), Fernando Meira (Saúde) e Alessandra Nogueira (Ação Social). A controladora-geral, Camila Busatti já havia saído há alguns dias. Restava ainda a possibilidade de o chefe do Gabinete, Fares Neto, e o secretário de Governo, Lucimar Nunes (Lucinho), também se desligarem. Nestes dois casos, Fares tem afirmado que não se adaptou ao Legislativo, mas nos bastidores as informações são de que ele gostou da vida pública e sem um mandato dificilmente ele seria convidado a compor uma secretaria. Lucinho estaria indeciso em candidatar-se, pois, após a renúncia, teria perdido credibilidade junto a eleitores, comenta-se. 

Curiosamente, dentre esses secretários, Rosse, Fernando Meira e Diógenes são apontados como possíveis componentes de chapas majoritárias, nas posições de prefeito ou vice. Assim, teriam prazo para desincompatibilização até junho. Porém a saída deles agora os coloca praticamente fora da disputa majoritária. No caso de Fernando Meira, parece se tratar de uma “jogada política” do prefeito, pois as informações são de que o sobrinho do prefeito não será candidato a nada e deve retomar sua carreira na medicina, um pouco prejudicada com sua atuação na Secretaria. Finalmente, no caso de Valter Amaral, ele é irmão do vereador Tidinho, que deve ser candidato à reeleição e, como atua na oposição, Valter deve estar sendo pressionado pelo grupo neidista à disputa “em família”, o que pode acabar com a derrota de ambos.