Já pensou sobre isso?- Envelhecimento e gerontofobia



A gerontofobia é a rejeição e medo extremo à velhice e, consequentemente, aos que estão passando por ela. Para algumas pessoas, estar perto do envelhecimento, como identificar rugas, passar dos 50 anos e perceber mudanças das fases da vida, parece assustador. 

A gerontofobia não é registrada no CID-10 (Classificação Internacional das Doenças), ou seja, não é considerada diagnóstico. Mas é chamada de fobia por ser um medo excessivo e desproporcional. As pessoas que não sabem lidar com esse processo natural entram em fase de negação, se submetem a cirurgias plásticas agressivas, desenvolvem comportamentos que são atípicos à sua faixa etária, desenvolvem depressão e angústia e, mais grave ainda, podem culminar na violência contra idosos. 

O Dia Mundial da Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa, celebrado no dia 15 de junho pela Assembleia Geral das Nações Unidas desde 2011, objetiva lutar contra os abusos e sofrimentos que são infligidos às gerações mais velhas. Essa violência tem muitas facetas e é silenciosa.

Conforme dados coletados pela Ouvidoria do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, somente nos primeiros cinco meses de 2023, pelo caminho de denúncias do Disque 100, foram contabilizados 322.491 casos de violência contra idosos no Brasil, sendo 37.441 casos de negligência, 19.987 de abandono, 129.501 de violência física, 120.351 de violência psicológica e 15.211 de violência financeira.

A data celebrada é uma oportunidade para sensibilizar a sociedade, gestores de políticas públicas, além das próprias pessoas idosas para o enfrentamento às violações. O combate à violência é dever de todos e essa conscientização passa pelo entendimento de que o envelhecimento é um processo natural. É necessário o fortalecimento da convivência com diferentes gerações e a busca por um envelhecimento saudável tanto fisicamente quanto emocionalmente.