IMPOSTO DE RENDA - Itaunense elabora tabela com defasagem na isenção desde 1995

IMPOSTO DE RENDA - Itaunense elabora tabela com  defasagem na isenção desde 1995


Em artigo assinado pelo jornalista da FOLHA, Sérgio Cunha, publicado na edição de 21 de janeiro, sábado passado, foi abordada a questão da isenção no Imposto de Renda (IR) e da utilização política de grupos antagonistas, sem mostrar a verdade da situação. Baseado na leitura do artigo o conhecido itaunense, economista e técnico em Contabilidade, Antônio João de Andrade, encaminhou à redação um estudo em que mostra a omissão de governos seguidos, após Itamar Franco, que levam à situação atual de quem tem renda de 1,5 salário mínimo, se vê obrigado a pagar o IR.

Conforme o estudo apresentado pelo economista e contabilista, a partir do último ano do governo de Itamar Franco, as revisões na tabela de isenção têm causado perdas seguidas aos brasileiros. Apenas cinco anos depois, em 2000, já na administração de Fernando Henrique Cardoso, a relação de isenção deixada pela administração anterior, caiu de 7,6 salários para 5,9. Lula, ao final de seus mandatos, em 2010, diminuiu esta relação salário-limite de isenção, para menos de três salários mínimos: 2,9.

A ex-presidente Dilma Roussef segurou um pouco a queda na isenção, caindo de 2,87 no primeiro ano de mandato para 2,41 em 2015. De lá para cá, não houve revisão mais. Nos dois anos de Michel Temer e nos quatro anos de Bolsonaro a tabela não foi revista e permanece no mesmo valor de 2015, último ano de Dilma no poder. Assim Lula assume com a isenção valendo menos de 1,5 salário mínimo, com a promessa de que vai isentar para quem ganha até R$ 5 mil. Para voltarmos ao patamar de 1995, seria necessário que os ganhos de até R$ 8.556,72 fossem isentos, portanto, quase o dobro do que promete o atual presidente.

Veja a tabela produzida por Antônio João de Andrade e tire as suas conclusões: