Civil age rápido no caso de incêndio das viaturas

Civil age rápido no caso de incêndio das viaturas
Foto: Divulgação/PCMG


Com rapidez, foi solucionado o caso do ato terrorista de queima de quatro viaturas da Polícia Penal, que estavam estacionadas em frente ao presídio de Itaúna. A ação conjunta da Polícia Civil e da Polícia Penal, chegou à identificação dos envolvidos, que são dez pessoas, sendo quatro delas, menores de idade. Um homem, de 21 anos, foi preso preventivamente na segunda-feira, 18, três dias após o incêndio, ocorrido na madrugada do dia 15, como envolvido na ação. A partir dele a polícia chegou a outras nove pessoas. Na ação de prisão do suspeito, foram apreendidos aparelhos de telefone celular e o veículo usado no dia do crime.

Conforme apurado, dois homens jogaram gasolina nos veículos e atearam fogo, causando um prejuízo estimado em R$ 800 mil aos cofres públicos. O fogo atingiu os veículos, a fiação da rede elétrica e uma caixa d´água. Além destes homens, outros quatro envolvidos, menores de idade, foram identificados e estão soltos em atenção à determinação contida no Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA. Os mandantes do crime também já foram, identificados e estavam cumprindo pena, continuando recolhidos e responsabilizados legalmente. A Polícia Civil continua dando andamento ao inquérito que, após concluído, será encaminhado à justiça.

A motivação alegada

Conforme as apurações da polícia, os bandidos alegam que o ato se deu por causa de ações constantes da Polícia Penal, atuando no impedimento do acesso de drogas, armas e outros objetos como aparelhos de telefone celular, no interior do presídio. Segundo o diretor do presídio de Itaúna, Sérgio Evaristo, nas últimas semanas, por exemplo, foram apreendidos cerca de 20 aparelhos de telefone celular que estavam sendo levados para o interior do presídio. Também relatou que grande volume de drogas e até mesmo armas, foram apreendidas no ato de se tentar fazer chegar ao interior do presídio. Isso teria motivado o ato de terrorismo, em retaliação à ação enérgica da Polícia Penal.

Conforme o delegado titular da Delegacia de Polícia Civil de Itaúna, Leonardo Pio, “a ligação do ato (de Itaúna) com outras ações de presos no estado é zero”. O delegado argumentou que, conforme o apurado, fatos ocorridos em Belo Horizonte, ameaças de presos relativas à situação do presídio de Formiga, como levantado anteriormente, não têm qualquer ligação com o caso de Itaúna que, segundo ele, “tem motivação local, de retaliação ao trabalho que a Polícia Penal tem realizado”.

Os envolvidos, que estão sendo tratados como membros de uma organização criminosa, deverão responder pelos crimes de terrorismo, incêndio, dano qualificado, corrupção de menores e organização criminosa, com penas que podem chegar a 60 anos de prisão. Um dos envolvidos no caso, considerado o cabeça do movimento é o mesmo bandido que atuou na determinação de se colocar fogo no ônibus, caso ocorrido no início do ano, no Bairro Morada Nova. Reforçou o delegado Leonardo Pio, que comandou as investigações em parceria com o delegado João Marcos Amaral, que os envolvidos são indivíduos de alta periculosidade.

Imagens mostram uma mulher e dois homens na ação

Um vídeo liberado pela polícia, mostrando a ação de terrorismo na porta do presídio, mostra imagens em que dois homens passam embaixo de uma câmera de vigilância, após saíram de detrás dos veículos – provavelmente quando jogaram gasolina nos casso – e em seguida uma mulher, que tampa o rosto e a cabeça com um pano, para não ser reconhecida, demonstrando saber da existência da câmera no local. Em seguida um carro, passa e as chamas surgem, algum tempo depois, destruindo as viaturas.

A equipe da Polícia Civil que participou das investigações na operação denominada Sarsa Ardente, em alusão a passagem bíblica, foi composta pelos dois delegados, 10 investigadores e um escrivão. A Polícia Penal também atuou ativamente em parceria com a PCMG na resolução do caso.