BAGUNÇOU GERAL - Vereadores gritam com cidadão após críticas
Kaio fez questão de levantar-se, bateu no peito e apontou o dedo em tom de ameaça...

“As reuniões da Câmara estão indo por um caminho perigoso...”, afirmou à reportagem um cidadão itaunense que acompanha os encontros da edilidade há algumas décadas. Isso levando em conta algumas situações que têm acontecido durantes os encontros semanais dos edis. Os cidadãos e cidadãs que se arriscam a ocupar a tribuna, ou os microfones da Casa, nos dois expedientes criados para a manifestação popular durante as reuniões, correm sérios riscos, conforme a observação feita ao jornal. Edis que porventura tem suas atuações criticadas partem para cima do orador, até mesmo com posições de ameaça, como fez o vereador Kaio Guimarães, contra o cidadão Hélio Pinheiro, conhecido como Perereca, na terça-feira, dia 29. Outros casos foram registrados nos últimos dias, inclusive, com ameaça de um vereador de “tirar à força” jornalista que por infelicidade pisar no “solo sagrado do plenário”.
Na reunião da terça-feira, o cidadão em tela, Hélio Pinheiro, se inscreveu no expediente “Participação Popular” com o tema “Hospital de Itaúna e falta de compromisso político”, como anunciado antes de sua fala. Porém ele começou a falar e, ao questionar utilização de carro da Câmara (de novo o carro...) para ações que não deveriam, na opinião do cidadão, ele foi interpelado, interrompido, quase censurado. O edil Kaio interpelou, pediu intervenção do presidente e bateu boca com o orador com dedo em riste. O presidente em exercício, Gustavo Dornas, deixou que Hélio terminasse a fala, com a informação de que ia responder ao orador. Kaio ironizou – aliás, como de costume –, também bateu boca e aguardou o encerramento da fala.
Tão logo terminou a sua exposição, com críticas aos vereadores, o presidente em exercício, Gustavo Dornas, assumiu o microfone e rebateu Hélio, aos gritos, exigindo “reespeeeitooo!”. Assim mesmo, berrado ao cidadão. Mas o vereador Kaio não deixou por menos. Começou tentando ironizar, mas não se segurou: levantou, apontou o dedo, fez gestos, levantou-se – praticamente chamando o interlocutor para a briga, parecendo menino pirracento. Restou a Alexandre Campos, que foi mais calmo, naquele momento, pois já tinha feito a sua “apresentação”, rir da situação, brincar que, “pela primeira vez, estou do lado do Gustavo e do Kaio”, e pedir a Hélio que se preparasse para usar a tribuna. Da galeria, um cidadão perguntou, curioso: “Vai ter curso para aprender a usar microfone na Câmara?”. Enfim, bagunçou geral no prédio da Getúlio Vargas, 800, como finalizou outro cidadão.