ATÉ PARA REZAR SE CORRE RISCOS EM ITAÚNA

Intervenções durante a missa noturna e o receio dos fieis ao atravessar a Praça da Matriz chegam ao ápice

ATÉ PARA REZAR SE CORRE RISCOS EM ITAÚNA

Na noite da quinta-feira, 15, na missa das 19 horas, alguns fatos não puderam passar desapercebidos aos fieis que compareceram à Igreja Matriz de Sant’Ana de Itaúna. Duas intervenções de pessoas que são conhecidas dos itaunenses, que têm sofrimento mental, explicitaram uma situação que necessita de solução, que há muito tem sido exposta nas reportagens da FOLHA: a ocupação de ruas, praças e outros espaços por cidadãos em situação de rua, ou mesmo em situação de sofrimento mental. Durante a missa, primeiro, chegou um dos citados, fez alguns polichinelos no corredor central da igreja, depois se postou atrás do padre celebrante, circulou por ali, molhou a cabeça, e saiu. Após, um outro, também muito conhecido na cidade, entrou na igreja e foi até as pessoas, pedindo “dois real”. Saiu e, em seguida, acendeu fogo em umas caixas de papelão, na lateral da igreja, ocasionando situação de risco de incêndio e de muita fumaça, que penetrou na nave da igreja. Isso tudo durante a missa, tornando dificultada a oportunidade dos fieis de se concentrar no momento de fé, atropelados que foram, a cada instante, pelas situações narradas. Após a missa, sabe-se que muitas pessoas temem cruzar a praça, devido aos riscos que se impõem, aí, não por causa dos cidadãos citados, mas pela presença de pessoas desconhecidas, que passam a noite no local, fazendo uso de bebidas e até drogas. Algumas pessoas sugerem que a Igreja contrate seguranças para garantir a tranquilidade dos fieis nas missas noturnas. Mas fica a pergunta: e a travessia da praça? Enfim, são situações que a população itaunense tem vivenciado, há alguns anos, e que precisam de solução. Seja ela em relação à necessidade de segurança nos espaços públicos, seja em relação à oferta de serviços médicos e sociais a pessoas em situação de sofrimento mental, e até mesmo às famílias dessas pessoas... Enfim, é preciso encontrar uma solução. Quem se arrisca a sugerir?