SEM MOVIMENTO - Vendas fracas alertam comerciantes de Itaúna

Nesta semana o horário de funcionamento do comércio em Itaúna já foi estendido até as 20 horas. As lojas vão ficar abertas neste sábado, 17, até as 15 horas e amanhã, domingo, 18, elas abrem das 10 às 15h. Já na próxima semana o horário será estendido até as 22 horas. As luzes já foram acesas na Praça e as vitrines estão decoradas com motivos natalinos. Mas falta uma coisa: o cliente. É o que a reportagem da FOLHA apurou em conversas com vários comerciantes itaunenses no decorrer da semana e observou em vigília nas principais ruas do centro comercial no período noturno. Os comerciantes estão receosos com a queda de faturamento no período experimentada até então.

No próximo sábado já é véspera de Natal e o movimento de compras na cidade ainda não mostra quaisquer características de anos anteriores, apontando para uma possível decepção para o comércio. A CNC – Confederação Nacional do Comércio divulgou informações, no início da semana, de que o Brasil terá injeção de mais de R$ 60 bilhões neste período e que Minas Gerais ficará com o segundo maior volume, alcançando quase R$ 6 bilhões de movimentação na economia – veja matéria ao lado –, mas parece que em Itaúna este “clima natalino” ainda não chegou à boca do caixa, como apontam os comerciantes.

E a experiência de alguns deles aponta para questões como o período chuvoso como um dos problemas a ser enfrentado, mas a questão é que parece que os itaunenses não se animaram, ainda, a ir às compras. A esperança é de que nesta semana que antecede ao Natal o movimento melhore. “Para que possamos recuperar os investimentos feitos em estoque, contratação de pessoal e até mesmo decoração, vai ter que melhorar muito, para não ficarmos no prejuízo”, alegou um comerciante, descrente com o movimento observado até então.

Além de torcer pela melhora no tempo, com as chuvas “dando uma trégua”, os comerciantes esperam que o pagamento do décimo terceiro desperte o espírito de Natal nas famílias e que as pessoas saiam às compras. “Nossa expectativa é de que o costume do brasileiro de deixar tudo para a última hora esteja acontecendo e que nesta próxima semana as pessoas façam suas compras. Precisamos deste movimento no comércio local para que possamos entrar em 2023 com expectativas de melhoras, senão vamos ter um ano muito mais difícil do que as expectativas apresentam, até aqui”, concluiu um experiente comerciante da cidade.