Homem foi assassinado quando ia comprar carro

Garupa é acusado de disparar os tiros contra Dufinca, que, segundo a PM, tem registros por tráfico, furto, lesão corporal e receptação

Homem foi assassinado quando ia comprar carro
Foto: Reprodução/Redes sociais


Um homem foi ao Bairro Vitória, na segunda-feira, 29, para comprar um carro. Ele levava o dinheiro em espécie e, na garupa da moto, o seu matador. Esse é o relato de uma testemunha, que levou a polícia a registrar o assassinato de um homem, a tiros, como sendo latrocínio – matar para roubar. Conforme a testemunha, de 56 anos, a vítima, Luís Filipe Ribeiro Costa, de 29 anos, conhecido por Dufinca, foi até o local após combinar a aquisição de um carro.

Ainda segundo o relato da testemunha, Dufinca levava o dinheiro para fazer a compra do veículo e que, quando a vítima chegou ao local em uma moto, um homem estava na garupa e que este homem, então, desceu da moto e fez os disparos que mataram Dufinca e, em seguida, fugiu a pé, passando em meio a um bambuzal próximo. Disse ainda que não conseguiu identificar o atirador.

Militares do Corpo de Bombeiros foram ao local onde socorreram a vítima, que estava ferida no peito, no abdômen, no braço direito e no púbis (bacia). Conforme o médico que o atendeu na Sala Vermelha do Hospital Manoel Gonçalves, ele tinha 12 perfurações no corpo. Dufinca morreu após dar entrada no Hospital. A PM foi chamada e também compareceu ao local e fez os primeiros levantamentos.

Muitas interrogações à espera de respostas

Conforme os levantamentos feitos no local, foram apreendidas duas cápsulas de munição calibre .380. O levantamento pericial no corpo da vítima aponta 12 perfurações – um tiro pode fazer mais de uma perfuração, principalmente quando disparado de muito próximo, como parece ter sido o caso. Porém, dois tiros apenas não provocariam 12 perfurações. O fato de a vítima estar levando “dinheiro em espécie” para a aquisição do carro gera suspeitas de negociação ilícita.

Outra questão que deixa muitas dúvidas é o fato de o matador ter esperado chegar ao local onde estaria o vendedor do veículo para fazer os disparos, o que parece inverossímil. Se o homem matou para roubar, ele poderia ter cometido o crime em outra ocasião, sem correr riscos de ser reconhecido e até detido por testemunhas. Será que ele sabia que somente uma pessoa estava aguardando a chegada da vítima?

Seria mais fácil render a vítima durante o trajeto, roubar o dinheiro e efetuar o crime de morte, longe das vistas de uma possível testemunha. Isso porque a narrativa leva ao entendimento de que o homem foi morto porque conhecia seu matador. Estas e outras dúvidas deverão ser esclarecidas pelas investigações da Polícia Civil, que assumiu o caso. Além das cápsulas recolhidas, foram encaminhadas para a Delegacia de Polícia Civil a motocicleta em que Dufinca estava e o seu aparelho de telefone celular, que também pode fornecer pistas aos investigadores. Conforme ainda a PM, a vítima tinha registros na polícia por crimes de tráfico de drogas, furto, lesão corporal e receptação.