Dia da Mulher - Passeata marcou as comemorações na cidade
Mulheres e apoiadores do movimento caminharam pelas ruas dos bairros Morada Nova e São Geraldo
A décima edição da Caminhada contra a Violência Doméstica em Itaúna, que tem o lema “Seu silêncio pode ser fatal”, aconteceu na manhã da terça-feira, 8 de março, data dedicada ao Dia Internacional da Mulher. Os participantes do movimento se reuniram no estacionamento da Policlínica “Dr. Ovídio” e, em seguida, fizeram o percurso por ruas dos bairros Morada Nova e São Geraldo. O movimento foi organizado com apoio da Comissão dos Direitos da Mulher da Câmara Municipal de Itaúna, Prefeitura Municipal, Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, Câmara Municipal e Associação Comunitária do Bairro São Geraldo.
A Polícia Militar também apoiou a organização da caminhada e fez o acompanhamento da passeata. Em seguida foi realizada ação da 9ª Cia. PM Ind. na região que, segundo o comando local da PM, concentra maior volume de ocorrências de crimes violentos no município. Além da passeata foram realizadas ações de conscientização das mulheres sobre a Violência Doméstica e também, Ações de Prevenção à Violência Doméstica - Mês da Mulher.
Como surgiu a data em comemoração ao Dia Internacional da Mulher?
O dia 8 de março foi dedicado ao Dia Internacional das Mulheres, em 1977, pela Organização das Nações Unidas (ONU), devido a ações de mulheres pela conquista e manutenção de direitos da população feminina. Dois atos são mais marcantes, como o ocorrido no dia 8 de março de 1917, na Rússia, quando mais de 90 mil mulheres foram às ruas protestar por melhores condições de trabalho e de vida. Dentre as reivindicações destaque para o direito ao voto e pela equiparação salarial, conquista que ainda é uma meta das mulheres, visto que a maioria delas recebe salários menores que os homens para o exercício das mesmas funções, às vezes, na mesma empresa.
Conforme a história registra, nunca havia sido realizada pelas mulheres uma manifestação nessas proporções. Antes disso, em 1911, nos Estados Unidos, Nova Iorque, no dia 25 de março daquele ano, 123 mulheres morreram queimadas em um incêndio na fábrica Triangle Shirtwaist Company. A maioria das mortas eram mulheres imigrantes, que trabalhavam em condições degradantes.
Assim é preciso entender que, antes de se tratar de uma comemoração festiva, o dia 8 de março registra a luta das mulheres por melhores condições de trabalho e de vida. Direitos primários, como salário equiparado, ainda são negados à maioria absoluta das mulheres. E, mais recentemente, há que se destacar a grande quantidade de casos de violência contra a mulher, que deve ser combatida, sem tréguas.