Bactéria é ameaça à saúde das pessoas

Após três crianças morrerem em São João del-Rei, pânico se espalha na região. Cinco cidades já suspenderam as aulas

Bactéria é ameaça à saúde das pessoas


Uma pandemia, como aconteceu com o novo coronavírus, causador da Covid, é a primeira imagem que vem à memória das pessoas quando se fala em ameaça à saúde da população. E a morte de três crianças, de 3, 10 e 11 anos, na cidade de São João del-Rei, infectadas por uma bactéria, conforme foi divulgado até o momento, ligou o alerta e está gerando pânico, especialmente em cidades mais próximas. Tanto que as aulas na rede municipal foram suspensas em Tiradentes, São João del-Rei, Conceição da Barra de Minas, Ritápolis e Santa Cruz de Minas, cidades vizinhas e que ficam na região do Campo das Vertentes. O secretário de Estado da Saúde, Fábio Baccheretti, já se manifestou, buscando acalmar a população, afirmando ainda que a suspensão das aulas “tem pouco efeito prático”. 

 As suspeitas são de que as crianças tenham sido infectadas por uma bactéria, a streptococcus. Na quinta-feira, 26, a informação era de que a bactéria streptococcus pyogenes seria a causadora do problema. Porém, mais tarde, foi informado pela imprensa da capital que uma subespécie da mesma bactéria, a streptococcus sp. alfa-hemolítico, também estava sendo estudada, visto que algumas análises apontavam para esta possibilidade. O fato é que, até o momento, não se tem certeza de qual tipo de bactéria, ou se foi mesmo esse o agente da doença que levou três crianças a óbito e causou mais quatro internações, todas de crianças.

Os sintomas

As crianças apresentaram sintomas de amigdalite, como febre, vômito, manchas ou erupções na pele. Conforme as autoridades médicas, a transmissão da doença causada pela bactéria acontece de pessoa para pessoa, através do contato próximo ou de tosses ou espirros. A bactéria se instala na mucosa da região da faringe, e pode ser transmitida também por meio de alimentos. A água também pode ser outro vetor da contaminação.

Falando à imprensa sobre o problema, Fábio Baccheretti, disse que “eu entendo as ações dos gestores municipais (suspensão das aulas) para dar uma resposta também a sociedade, para acalmar a sociedade, mas tem pouco efeito prático. Por exemplo, essas bactérias não estão no chão, nas paredes, estão no corpo das pessoas. É uma bactéria que faz parte da flora habitual das pessoas. Então, em termos práticos tem pouco efeito, mas eu entendo que é uma resposta a ser dada para a sociedade que, muitas vezes está alimentada por informações falsas, Fake News que hoje em dia corre muito pelos grupos de mensagens do celular de todo mundo e os pais (ficam) muito preocupados com seus filhos”. Ao final de sua fala, Baccheretti descartou a existência de um surto da doença.