Itaúna é a segunda colocada da região

Itaúna é a segunda  colocada da região
Foto: Imagens de leitores da FOLHA




O G1 Centro-Oeste (site de notícias do grupo Globo) listou 17 cidades com maior número de ocorrência de queimadas em Minas Gerais. Separando as ocorrências por região, o Centro-Oeste mineiro é disparado a região com maior incidência de queimadas. Conforme dados do Corpo de Bombeiros, já foram registrados mais de 25 mil incêndios em áreas de vegetação por todo o estado. E o Centro-Oeste tem a cidade com o maior número de casos de queimadas, Divinópolis, com 886 casos, além de ser a região com o maior número de registros: 2.217, somando as quatro cidades onde ocorreu o maior número de casos.

E Itaúna é a cidade que registra o segundo maior índice na região, com 464 focos de queimadas provocadas neste ano, conforme os dados do Corpo de Bombeiros divulgados pelo G1. Completam os números da região, dentre os 17 municípios com maior incidência, conforme a listagem publicada, os municípios de Oliveira, com 446 focos de queimadas; e Formiga, com 421 focos. Somados os casos destes quatro municípios, chegamos ao total de 2.217 incêndios em áreas de vegetação.

A segunda região com maior número de queimadas em Minas Gerais, segundo essa relação, é a do Triângulo Mineiro, que já registrou 1.911 focos (Patos de Minas com 497; Araguari, com 485; Uberaba, 473; e Ituiutaba, 460). A terceira região de Minas que mais promove queimadas, até aqui, é o Sul, que com apenas dois municípios listados dentre os de maior incidência, chegou a 1.102 casos (Varginha, 643 e Poços de Caldas, 459). A Região Metropolitana de Belo Horizonte, com dois municípios nessa lista, também apresenta números expressivos: 938 (Contagem, com 503; e a capital, BH, com 435). A região Central também tem dois municípios listados, com 864 focos (Barbacena, 442; e São João del-Rei, com 422).

Sete Lagoas, no Colar Metropolitano de BH, com 616; Passos, no Sudoeste, com 392; e Juiz de Fora, na Zona da Mata, com 378, completam a lista dos municípios com maior número de focos, conforme a publicação. Em um estado com 853 municípios, como é o caso de Minas Gerais, e com mais de 25 mil queimadas, em apenas 17 municípios estão concentrados cerca de 8.500 casos.

Outra curiosidade anotada é que a maioria dos focos está concentrada nas regiões “do lado de baixo do mapa”, deixando as regiões do Norte, Noroeste, Vale do Rio Doce, Vale do Jequitinhonha e Vale do Mucuri sem aparecer com destaque. Não que não estejam acontecendo queimadas nessas regiões, mas os maiores índices estão nas regiões mais próximas do sul do país. Caberia um estudo para detectar o porquê dessa situação, apontam especialistas. 

Mais de duas dezenas de prisões até o momento

Outra informação apurada pela reportagem é de que, até o momento, 217 pessoas foram presas por provocar queimadas em Minas Gerais. As suspeitas pelo crime, durante os dois últimos meses, chegam a 76 pessoas, conforme dados da PMMG. A major Layla Brunella, porta-voz da corporação, informou que “a maioria dos incêndios é causada por descuido e negligência”.

Pelo lado da Polícia Civil, os dados são relativos ao ano de 2024. Assim, 91 pessoas foram indiciadas até aqui por suspeitas de provocar crimes de incêndio em áreas de vegetação neste ano. “Apesar das prisões, a maioria dos investigados responde ao processo em liberdade”, conforme a PCMG.

Endurecer a legislação

Tanto o Congresso Nacional quanto o Governo Federal estão se movimentando no sentido de endurecer as penas para quem promove queimadas, que, muitas vezes, terminam em incêndios de graves proporções. Nos municípios ainda não surgiram medidas que possam “piorar a vida” de quem acende o fogo, promovendo queimadas. 

Algumas sugestões de cidadãos é a “proibição de incentivos” para quem for flagrado nesses casos, como a não concessão de descontos em pagamentos de juros do IPTU e outros impostos; a não contratação de pessoas que tenham sido flagradas em casos de promoção de queimadas; não liberação de apoio a propriedades rurais onde a incidência de queimadas é constante; dentre outras. Medidas precisam ser tomadas, conforme os cidadãos que lamentam a falta de criatividade dos legislativos municipais...