DOENÇA DE CHAGAS - Macrorregião Oeste participará de projeto com participação da comunidade

Municípios da Macrorregião serão selecionados para aplicação de questionários. Iniciativa busca fortalecer a vigilância da doença no estado e promover educação em saúde e atuação mais ativa

DOENÇA DE CHAGAS - Macrorregião Oeste participará de projeto com participação da comunidade
Foto: Willian Pacheco/SES

Com o objetivo de fortalecer a vigilância da Doença de Chagas em Minas Gerais, municípios da Macrorregião de Saúde Oeste, da qual Itatiaiuçu e Itaúna fazem parte, irão realizar entrevistas com a comunidade, promovendo educação em saúde e atuação mais ativa da população, além de fortalecer a atuação dos Postos de Informação de Triatomíneos (PITs).

A ação, que terá início em agosto, será realizada pelos agentes de combate a endemias dos municípios em parceria com as superintendências regionais de Saúde (SRS) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Minas Gerais. A atividade está prevista no planejamento anual do Grupo de Trabalho de Endemias da SRS Divinópolis.

Para dar início ao projeto de pesquisa, na quinta-feira, 11, foi realizada reunião técnica no auditório da SRS Divinópolis com coordenadores e agentes de endemias dos 53 municípios da macrorregião. O encontro teve como foco a orientação para aplicação do questionário junto à população.

Conforme divulgado pela SES, a proposta é escolher menos da metade dos 53 municípios, com base em critérios técnicos. Os municípios participantes ainda não foram definidos. “O objetivo é compreender o trabalho realizado e coletar dados que subsidiarão um relatório conjunto entre a Fiocruz e a regional de saúde para qualificação da atuação dos PITs”, explicou a professora da Fiocruz, Raquel Ferreira.

A referência técnica em Doença de Chagas da SRS Divinópolis, Nayara Dornela, destacou que o monitoramento é uma estratégia essencial para prevenir e controlar a doença, considerando que a região apresenta condições favoráveis à sua transmissão. “Ressalto ainda o papel fundamental dos agentes de combate a endemias na identificação do vetor — o barbeiro — e na orientação da população sobre formas de prevenção”, destacou a referência técnica.

A expectativa é que a pesquisa contribua para a qualificação das ações de controle vetorial e, consequentemente, evitar que tenhamos novos casos da doença. “A Doença de Chagas, como outras endemias, muitas vezes carece de visibilidade. A atuação efetiva da população na vigilância é essencial para a prevenção”, concluiu Rogério Rocha, servidor da SRS Divinópolis e responsável pela condução da pesquisa na macrorregião.